Diversas mulheres do estado de Manipur, localizado no nordeste da Índia, atacaram a casa de um homem suspeito de agredir sexualmente duas mulheres. O caso teria ocorrido em maio e a casa foi queimada dias depois, segundo apontam informações policiais divulgadas nesta sexta-feira (21).
Segundo relatos, ele teria arrastado duas mulheres pelas ruas de Manipur e incitou uma multidão a estuprá-las. A agressão sexual ocorreu em maio, mas o vídeo se tornou viral nas redes sociais no início desta semana.
O suspeito foi preso na quinta-feira (20), horas após declarações do primeiro-ministro Narendra Modi condenarem a agressão como "vergonhosa", prometendo uma ação mais dura em relação à questão.
"As mulheres atiraram pedras e queimaram algumas partes da casa pertencente ao principal acusado", declarou Hemant Pandey, alto oficial da polícia na capital Imphal. Ao todo, três outras pessoas foram presas e outras 30 estão sendo rastreadas por suspeita de envolvimento no crime.
Pedido de Justiça
Grupos de direitos humanos exigiram justiça e investigações rápidas sobre o caso, enquanto realizaram protestos em várias partes da Índia para relembrar o caso.
Segundo informações locais, a agressão sexual ocorreu em maio, durante confrontos étnicos em Manipur. A luta teria começado quando uma ordem judicial delimitou ao governo a possibilidade de estender benefícios usufruídos pelo povo tribal Kuki para a população Meitei.
No confronto, ao menos 125 pessoas foram mortas e outras 40 mil fugiram de casa por conta da violência. Estudantes da cidade de Calcutá, no leste da Índia, questionaram o motivo de a polícia local não ter agido rapidamente com as informações do estupro coletivo.