Hebe de Bonafini, presidente a associação das Mães da Praça de Maio, morreu na manhã deste domingo (20) aos 93 anos, na Argentina. A informação foi confirmada por fontes próximas à líder dos direitos humanos.
Após três dias internada no Hospital Italiano da cidade de La Plata, quando realizou uma série de exames médicos, Bonafini teve alta no último dia 13 de outubro. A causa da morte, no entanto, ainda não foi revelada.
Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, lamentou a morte da líder nas redes sociais. "Queridíssima Hebe, Mãe da Praça de Maio, símbolo mundial da luta pelos direitos humanos, orgulho da Argentina. Deus te chamou no dia da Soberania Nacional, não deve ser uma casualidade. Simplesmente, obrigada e até sempre", escreveu.
Mães da Praça de Maio
Em meio à ditadura militar na Argentina, 14 mulheres se reuniram na Praça de Maio no dia 30 de abril de 1977, em frente à sede do governo em Buenos Aires. A motivação era protestar por filhos desaparecidos, iniciando um grupo que tinha como objetivo lutar pela verdade, memória, justiça e pela vida.
A Associação das Mães da Praça de Maio foi criada oficialmente no 14 de maio de 1978, logo após o aumento considerável do número de mulheres que compareciam ao local toda quinta-feira. Elas circulam pela praça que fica na frente da Casa Rosada, Palácio do Governo argentino, para cobrar por informações e resgatar a memória de filhos e netos perseguidos pelo regime militar do País.