Pelo quinto dia consecutivo, as 34 pessoas inscritas na lista brasileira de repatriação em Gaza não foram autorizadas pelo Egito a sair do território, que está sob ataque de Israel.
Segundo relata a Folha de S.Paulo, a afirmação foi feita na madrugada deste domingo (5), por Alessandro Caneas, embaixador junto à Autoridade Nacional Palestina, na Cisjordânia. "Nenhuma lista hoje", ressaltou.
Desta forma, todas as 599 pessoas que aguardam liberação seguem no território em guerra. A maioria dos nomes da lista é formada por estadunidenses (386). Há, ainda, 112 cidadãos do Reino Unido, 51 da França, 50 da Alemanha.
No grupo do Brasil, 24 são cidadãos brasileiros e 10 são cidadãos palestinos em processo de imigração e seus parentes. Metade do grupo é composto por crianças.
Para sair da Faixa de Gaza, é preciso que os estrangeiros que estão no local sejam autorizados pelo Egito e passem pelo posto de controle de Rafah, no país mediterrâneo. Israel também precisa conceder autorização, pois alega não querer a saída de "terroristas infiltrados". Os países mediadores, Estados Unidos e Catar, também estão envolvidos na negociação.
Aos poucos, o Egito tem permitido a liberação dos refugiados, em "lotes", em um processo marcado por debates diplomáticos, complexidade e lentidão.
Anteriormente, as autoridades egípcias asseguraram que os mais de 7 mil cidadãos estrangeiros que solicitaram permissão para deixar Gaza serão liberados gradualmente, permitindo a saída de um grupo por dia.
Até o último sábado (4), no entanto, apenas cerca de 2.700 desses cidadãos tinham sido considerados aptos para a repatriação.