Um instituto de pesquisa do governo de Israel isolou um anticorpo que pode levar a um possível tratamento contra o novo coronavírus. A informação foi divulgada pelo ministro da Defesa do país hebreu, Naftali Bennet.
Em um comunicado conjunto com o Instituto de Pesquisa Biológica de Israel, o ministro informou que o anticorpo isolado pode "neutralizar" a doença no organismo.
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"Estou orgulhoso da equipe do instituto por essa formidável descoberta", declarou Bennet.
A fase de desenvolvimento do anticorpo foi concluída, segundo o governo hebreu. No entanto, ainda não há um estudo definitivo mostrando que ter os anticorpos significa que as pessoas estão imunes de contrair o novo coronavírus. A instituição científica não informou se testes de anticorpos em humanos já foram realizados.
O diretor do Instituto, Shmuel Shapiro, disse que o anticorpo monoclonal está sendo patenteado, e que a próxima fase da pesquisa inclui contactar laboratórios internacionais para a produção em massa da fórmula para uso comercial. O anticorpo monoclonal é derivado de uma célula recuperada.
O anúncio de Israel se soma a outra descoberta de anticorpo para neutralizar o novo coronavírus.
Nesta segunda-feira (4), a revista "Nature Communications" informou que cientistas da Alemanha e Holanda, da Universidade de Utrecht, do Erasmus Medical Center e do Harbor BioMed, descobriram o 47D11, nome científico da molécula, que se mostrou capaz de neutralizar o Sars Cov-2 em células in vitro. Ainda não houve testes em humanos.
No mundo há cerca de uma centena de equipes de investigação à procura de uma vacina para o novo coronavírus, que provocou a pandemia, sendo que cerca de uma dezena estão, neste momento, em fase de teste em seres humanos.
O ministro da Defesa de Israel visitou o laboratório do instituto em Nezz Ziona, ao sul de Tel Aviv, onde tomou conhecimento da pesquisa.