A Finlândia foi considerada o país mais feliz do mundo pela sétima vez consecutiva, segundo o Relatório Mundial da Felicidade de 2024, divulgado nesta quarta-feira (20). O documento patrocinado pela ONU classifica a felicidade global em 143 nações e mostra que os países nórdicos ocupam os primeiros lugares do ranking.
O Brasil está um pouco mais feliz, segundo o relatório. Em comparação a 2023, o país subiu cinco posições, passando do 49º para o 44º lugar. Em último lugar na lista aparece o Afeganistão, afetado por uma catástrofe humanitária após o retorno dos talibãs ao poder, em 2020.
Pela primeira vez em mais de 10 anos, Estados Unidos e Alemanha não aparecem entre os 20 países mais felizes, e ocupam as posições 23 e 24. Já Costa Rica e Kuwait entraram no top 20 e ocupam as posições 12 e 13.
Nenhum dos países mais populosos do mundo aparece entre os 20 primeiros. "Entre os dez primeiros, apenas Holanda e Austrália têm mais de 15 milhões de habitantes. Entre os 20 primeiros, apenas o Canadá e o Reino Unido têm mais de 30 milhões de habitantes", destaca o relatório.
O relatório mundial é uma medição da felicidade divulgada anualmente pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU desde 2012, e se baseia na avaliação que as pessoas fazem da própria felicidade e em dados econômicos e sociais. O documento é lançado todos os anos em homenagem ao Dia Internacional da Felicidade, celebrado em 20 de março.
Veja os 20 países mais felizes do mundo
- Finlândia
- Dinamarca
- Islândia
- Suécia
- Israel
- Holanda
- Noruega
- Luxemburgo
- Suíça
- Austrália
- Nova Zelândia
- Costa Rica
- Kuwait
- Áustria
- Canadá
- Bélgica
- Irlanda
- República Tcheca
- Lituânia
- Reino Unido
Apoio social e renda são fatores-chave
O documento leva em conta seis fatores-chave: apoio social, renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção.
A proximidade com a natureza e um bom equilíbrio entre o trabalho e a vida privada são a chave para a satisfação dos finlandeses, disse à AFP Jennifer De Paola, pesquisadora da Universidade de Helsinque especializada nessa temática.
Os finlandeses talvez tenham "uma compreensão mais acessível do que é uma vida bem-sucedida", em comparação, por exemplo, com os Estados Unidos, onde o sucesso está mais relacionado aos ganhos financeiros, apontou Jennifer.
A confiança nas instituições, a pouca corrupção e o acesso gratuito à saúde e educação também são primordiais.
O relatório também destaca um sentimento de felicidade mais forte entre as novas gerações do que entre as pessoas mais velhas, na maioria das regiões.
O índice, no entanto, retrocedeu drasticamente desde 2006-2010 entre os menores de 30 anos na América do Norte, Austrália e Nova Zelândia, e é inferior ao das pessoas mais velhas nessas regiões. No entanto, progrediu em todas as faixas etárias no Leste Europeu no mesmo período.
A desigualdade na felicidade aumentou em todas as regiões, exceto na Europa, o que os autores consideraram preocupante.