O corpo do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, morto a tiros na última quarta-feira (9), foi sepultado nesta sexta-feira (11), em Quito. Centenas de apoiadores fizeram uma homenagem ao local e pediram justiça.
O enterro, privado, aconteceu à noite, na presença de poucas pessoas, em um cemitério do norte da capital. Antes, o caixão com o corpo foi levado para o auditório de um centro de exposições.
Irmãos do candidato denunciaram que não foram autorizados a participar do velório íntimo devido a diferenças familiares.
No local das homenagens, apoiadores de Villavicencio agitavam pequenas bandeiras do Equador, que enfrenta uma onda de violência ligada ao narcotráfico. Grandes faixas com o rosto do político foram colocadas nas paredes.
"Meu poder na Constituição", dizia uma faixa presidencial simbólica colocada sobre o caixão, coberto com a bandeira nacional.
Um telão exibia vídeos do candidato em sua campanha para as eleições gerais antecipadas de 20 de agosto. "Anteontem crivaram a democracia, mutilaram parte da luta contra a corrupção", disse seu chefe de campanha, Antonio López.
Atentado
Fernando Villavicencio, de 59 anos, era jornalista e ex-membro da Assembleia Nacional, dissolvida em maio pelo presidente Gulhermo Lasso.
Seis suspeitos do assassinato foram presos, todos colombianos. Outro suposto agressor morreu durante troca de tiros com seguranças.
O Equador realizará eleições para presidente, vice-presidente e 137 parlamentares em 20 de agosto. Em maio, o presidente dissolveu a Assembleia Nacional para finalizar a "crise política grave e comoção interna".
Um dia após o atentado, uma candidata à Assembleia Nacional do Equador foi baleada em um ataque.