Após Julia Faustyna viralizar nas redes sociais nesta semana afirmando ser Madeleine McCann, a menina de 3 anos que desapareceu em Portugal em 2007, a família Mccann teria entrado em contado com a jovem para realizar o teste de DNA.
No seu Instagram, Julia, moradora de Bréslavia, Polônia, publicou montagens e "evidências" de sua alegação.
A jovem, de 21 anos, vinha pedindo ajuda em suas postagens para se comunicar com Kete e Gerry McCann, pais de Madeleine, para realizar o exame.
A menina ainda alega ter sido vítima de abuso sexual quando jovem e aponta o pedófilo alemão Christian B., um dos principais suspeitos no caso Madeleine, como seu agressor.
Ela também argumenta que possui o mesmo defeito ocular que a criança desaparecida, além de semelhanças físicas com os pais Gerry e Kate.
A impressa internacional divulgou que a família McCann está disposta a olhar todas as eviências.
Neste domingo (19), Julia compartilhou em seu perfil uma matéria sobre o avanço no contato e escreveu que eles aceitaram realizar o DNA.
Mãe da jovem nega
A mãe de Julia disse que a garota está doente e causa vergonha à família. As declarações foram feitas em uma conversa via WhatsApp, entre Julia e a mãe, e compartilhadas no perfil do Instagram “iammadeleinemccan”.
Na conversa, a mãe de Julia diz que vai vender a casa e se mudar, porque não quer mais vê-la em razão da vergonha que ela está trazendo para a família. No print, a mãe também afirma que fotos e fitas cassete estão em algum lugar na garagem, referindo-se a supostos registros que negariam a tese sobre a jovem ser Madeleine. “Você está doente, Julia. Isso eu vou contar”, escreve a mãe, na conversa.
Ao compartilhar os registros, Julia ironizou o fato de estar sendo considerada louca. Na manhã deste sábado, ela publicou um vídeo em que afirma ter consultado médicos, psicólogos e especialistas, e eles podem provar que ela não tem delírios. A jovem também afirmou ser polonesa, e não alemã, como estavam divulgando nos últimos dias, e que tem recebido muitas mensagens de ódio de pessoas do país onde nasceu.
HISTÓRIA VIRALIZOU
A conta do Instagram em que Julia afirma ser Madeleine foi criada em 14 de fevereiro e rapidamente viralizou, contando, hoje, com mais de 220 mil seguidores. Em alguns dos posts, ela conta que começou a suspeitar que é a menina desaparecida após algumas declarações da avó sobre um pedófilo, mas não dá mais detalhes sobre o assunto.
Ela também diz que tem poucas lembranças da infância e que, em 2018, foi internada em um hospital psiquiátrico, começou a fazer terapia e lidar com memórias de abusos. Julia compartilhou, ainda, a foto do suspeito de ter sequestrado Madeleine e afirmou lembrar de ter sido abusada por ele.
Madeleine hoje teria 19 anos, e Julia tem 21, mas ela justifica a diferença de idade afirmando que uma criança sequestrada pode ter sofrido alterações nos documentos, o que explicaria a divergência.
Na mídia internacional, a história foi repercutida em portais britânicos e algumas páginas de Portugal, Alemanha, França, Argentina, Estônia, Hungria e Polônia.
RELEMBRA O CASO MADDIE
Madeleine McCann, a Maddie, desapareceu em 3 de maio de 2007, pouco antes do seu quarto aniversário, na Praia da Luz, estância balnear da região do Algarve, em Portugal, onde passava férias com a família.
O desaparecimento deu origem a uma extraordinária campanha internacional de seus pais para tentar encontrá-la. As fotos da pequena Maddie, com seus cabelos castanhos e seus grandes olhos claros, deram a volta ao mundo.
Após 14 meses de investigações controversas marcadas pela acusação, e depois pela exoneração, dos pais Gerry e Kate McCann, a Justiça portuguesa encerrou o processo em 2008, antes de o reabrir cinco anos depois devido a "novos elementos".
No entanto, o caso realmente não avançou até junho de 2020, quando a Procuradoria de Brunswick disse que tinha certeza que a menina morreu, acrescentando que suas suspeitas recaíam sobre um homem que foi detido em Kiel por outro caso.
No momento do desaparecimento de Maddie, "Christian B.", atualmente cumprindo pena de prisão pelo estupro de uma mulher americana de 72 anos em 2005 no sul de Portugal, vivia a poucos quilômetros do hotel onde a menina desapareceu, segundo os investigadores alemães.