O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, demonstrou preocupação sobre o ataque contra a usina nuclear de Zaporizhzhia, que está sob o controle russo.
Na noite da última quinta-feira (3), o ministro fez um alerta nas redes sociais, dizendo que, se a central explodir, o desastre será "dez vezes maior que Chernobyl", onde aconteceu, há 36 anos, a maior catástrofe nuclear da história.
O fogo na maior usina da Europa foi extinto, nenhum dos reatores foi atingido e não houve liberação de material radioativo. Autoridades ucranianas informaram, porém, que há registros de mortos e feridos.
"O exército russo está disparando de todos os lados contra a central nuclear de Zaporizhzhia, a maior usina nuclear da Europa. O fogo já começou. Se explodir, será dez vezes maior que Chernobyl! Os russos devem cessar imediatamente o fogo, permitir a entrada dos bombeiros, estabelecer uma zona de segurança!", escreveu Kuleba em sua conta no Twitter, logo após a invasão.
Russian army is firing from all sides upon Zaporizhzhia NPP, the largest nuclear power plant in Europe. Fire has already broke out. If it blows up, it will be 10 times larger than Chornobyl! Russians must IMMEDIATELY cease the fire, allow firefighters, establish a security zone!
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 4, 2022
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também se manifestou após o ataque, acusando a Rússia de recorrer ao "terror nuclear" e de querer "repetir" a tragédia de Chernobyl. Nesta sexta-feira, Zelensky disse que o ataque poderia ter "parado a história da Europa". O presidente ucraniano, por sua vez, disse que o desastre pode ser até "seis vezes maior que Chernobyl".
Usina de Chernobyl
Localizada na Ucrânia, a Usina de Chernobyl foi tomada por militares russos, informou o governo da Ucrânia. Desativada há mais de 20 anos, a localização da usina é estratégica nas movimentações do conflito entre Ucrânia e Rússia.
Mykhailo Podolyak, conselheiro da presidência da Ucrânia, afirmou que a região é um depósito de resíduos nucleares e que o ato da Rússia é uma das "ameaças mais sérias para a Europa no momento".