O governo dos Estados Unidos reabriu nesta segunda-feira (8) as fronteiras terrestres e aéreas aos visitantes estrangeiros vacinados contra a Covid-19, incluindo o Brasil. A medida encerra 20 meses de restrições de viagens que separaram famílias, prejudicaram o turismo e afetaram os laços diplomáticos com boa parte do mundo. Assim, os consulados dos EUA em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife também retomam as entrevistas de vistos de não-imigrantes que já estavam agendados.
Para entrar nos EUA, é necessário estar totalmente imunizado, mostrar o comprovante de vacinação e um teste negativo de Covid-19 feito até três dias antes do embarque. Menores de 18 anos não precisam estar vacinados para entrar no país. No entanto, quem tem entre 2 e 17 anos também deve apresentar um teste negativo, assim como os adultos.
As autoridades de saúde americanas afirmaram que todas as vacinas aprovadas pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) serão aceitas para entrada por viagens aéreas (veja lista abaixo).
Vacinas já aprovadas pela FDA:
- Pfizer/BioNTech
- Moderna
- Janssen (Johnson & Johnson)
Vacinas já autorizadas pela OMS:
- Pfizer/BioNTech
- Moderna
- Oxford/AstraZeneca — produzida no Brasil pela Fiocruz
- Janssen (Johnson & Johnson)
- SinoPharm
- CoronaVac — produzida no Brasil pelo Instituto Butantan
Restrições
A proibição, imposta pelo ex-presidente Donald Trump em março de 2020 e mantida pelo sucessor Joe Biden, foi muito criticada e virou um símbolo dos transtornos provocados pela pandemia.
Nos aeroportos da Europa, os passageiros entusiasmados formaram filas para embarcar em voos com destino à costa leste dos Estados Unidos, enquanto nas fronteiras com México e Canadá filas de carros foram observadas durante a madrugada.
As restrições não eram aplicadas à maioria dos países latino-americanos, cujos residentes viajaram em massa aos Estados Unidos desde o início do ano em busca das vacinas contra a covid-19.
Mas as portas estavam fechadas, e agora reabrem, para visitantes procedentes de grande parte do mundo, em um esforço para conter a propagação do coronavírus. A lista incluía os 26 países europeus da Área Schengen, assim como Reino Unido, Irlanda, Brasil, China, Irã, África do Sul e Índia.