O Ministério da Saúde espanhol anunciou nesta quinta-feira (9) que deu sinal verde à vacina contra a varíola do macaco, que será aplicada a pessoas que tiveram contato com casos positivos e são de "alto risco". O país confirmou 242 casos positivos da doença.
"No momento, levando em conta a disponibilidade limitada de doses, a vacinação é priorizada" para pessoas que tiveram exposição à doença "com alto risco de gravidade", disse o ministério em comunicado.
"A vacinação pré-exposição não é recomendada neste momento, embora possa ser recomendada posteriormente, dependendo da evolução do surto e da disponibilidade de vacinas", acrescentou.
O governo espanhol anunciou em maio a aquisição de vacinas Imvanex e antivirais Tecovirimat por meio da Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde (HERA). Não existem tratamentos ou vacinas específicas para a varíola do macaco, mas os surtos podem ser controlados com a vacinação contra a varíola, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Alemanha tem 133 casos
Na Alemanha, com 133 casos positivos da doença, apenas pessoas que tiveram contato próximos a enfermos e pessoas de grupo de risco podem se imunizar, segundo informações do Valor Econômico.
O grupo de risco inclui homens com mais de um parceiro sexual e trabalhadores de laboratórios que manuseiam doenças infecciosas, conforme disse o comitê de saúde local, o STIKO. O país também usará a vacina Imvanex.
A varíola dos macacos é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido aos humanos por animais infectados. A doença, que foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, agora é considerada endêmica em uma dúzia de países africanos.
Seu surgimento em países não endêmicos é o que preocupa os especialistas. No entanto, até agora os casos confirmados em regiões não endêmicas são geralmente benignos e nenhuma morte foi relatada.