Entenda o que se sabe do caso dos oligarcas russos mortos nos últimos meses

Somente neste ano, sete multimilionários foram encontrados mortos em circunstâncias enigmáticas

O falecimento misterioso de pelo menos sete oligarcas russos neste ano continua sendo alvo de todo tipo de especulação. Parte da imprensa local supõe que os super-ricos forjaram as próprias mortes. Outros veículos de comunicação chegaram a informar que o Kremelin ou o próprio presidente Vladmir Putin podem estar envolvidos nos casos. 

Em 18 de abril passado, o multimilionário Vladislav Avayev, a esposa dele e a filha de 13 anos foram encontrados mortos em um apartamento de luxo em Moscou. O homem portava uma pistola. A suspeita da polícia russa é que ele tenha assassinado as duas e depois a si mesmo. 

Um dia depois, o milionário Serguei foi encontrado sem vida ao lado da esposa e da filha em Lloret de Mar, na Catalunha, onde a família tinha uma mansão. A polícia presume que o homem esfaqueou as duas mulheres e depois se enforcou no jardim.

Essas duas mortes foram as mais recentes entre oligarcas russos ocorridas neste ano. No fim de janeiro, o gerente de alto nível empresa Gazprom, Leonid Schulman, de 60 anos, teria cometido suicídio.

No dia 25 de fevereiro, outro ex-gerente da mesma empresa de energia, Alexander Tyulyakov, foi encontrado morto em casa em São Petersburgo. 

O magnata ucraniano do gás e do petróleo Mikhail Watford apareceu morto na garagem de sua propriedade rural em Surrey, no Sul da Inglaterra, em 28 de fevereiro. 

Também morreu o diretor de uma estação de esqui perto de Sochi, Andrei Krukovsky, de 37 anos. O jornal russo Kommersant noticiou que ele caminhava no dia 2 de maio quando caiu de um penhasco.

Investigação

A polícia russa e os serviços de segurança da Gazprom ainda investigam as mortes. 

Nenhum dos oligarcas mortos era conhecido por ter feito comentários públicos sobre a invasão da Ucrânia e nem estava na listas de sanções internacionais elaboradas em seguida. 

"Possivelmente algumas pessoas ligadas ao Kremlin estão agora tentando encobrir vestígios de fraude em empresas estatais", afirmou noyta do Warsaw Institut.