A Coreia do Norte detectou visita de um porta-aviões dos Estados Unidos à Coreia do Sul e decretou o ato como provocação, afirmando que a questão pode trazer "circunstâncias catastróficas e irrregováveis".
Segundo a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, a KCNA, a visita do porta-aviões mostrou que o esquema dos EUA para um ataque nuclear contra a Coreia do Norte atingiu "a fase mais séria".
O porta-aviões Ronald Reagan, que possui capacidade nuclear, chegou ao porto sul-coreano de Busan na quinta-feira para uma visita de cinco dias. Antes disso, alguns exercícios em águas próximas foram registrados, o que seria uma demonstração de força contra a Coreia do Norte.
"É uma provocação militar indisfarçável que leva a situação a circunstâncias catastróficas e irrevogáveis", afirmou a KCNA em comentários.
Exercícios intensificados
Ao longo de 2023, forças norte-americanas e sul-coreanas intensificaram exercícios militares envolvendo porta-aviões, submarinos e bombardeiros. A intenção seria responder às crescentes ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.
Em contrapartida, a Coreia do Norte aponta os exercícios como ensaio para invasão. Segundo a agência KCNA, um ataque nuclear iminente exigirá da Coreia do Norte medidas para "deter e repelir completamente os movimentos frenéticos dos EUA e de seus fantoches para deflagrar uma guerra nuclear".
O porta-voz do grupo de ataque do porta-aviões, Seth Koenig, alega que o grupo visita frequentemente a Coreia do Sul, proporcionando "oportunidades para construir a interoperabilidade no mar em conjunto, visando objetivos compartilhados de um Indo-Pacífico livre e aberto".