Casa Branca disse não haver indícios de atividade extraterrestre com derrubadas de objetos voadores

Estados Unidos não descartam que objetos derrubados tivessem fins de espionagem

O governo americano afirmou, nesta segunda-feira (13), que não há sinais de atividade extraterrestre em relação aos objetos não identificados e que foram derrubados por aviões de guerra americanos nos últimos dias.

"Não há indícios de extraterrestres com essas derrubadas recentes, queria ter certeza de que o povo americano soubesse disso", disse a secretária de imprensa, Karine Jean-Pierre.

Ainda não se sabe "ao certo" se os objetos tinham fins de espionagem, informou também a Casa Branca. "Não sabemos ao certo se eles tinham capacidade de vigilância, mas não podemos descartá-lo", declarou em entrevista coletiva o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

Três "objetos" misteriosos foram derrubados nos últimos dias: na sexta-feira (10) sobre o Alasca (noroeste), no sábado (11) no noroeste do Canadá e no domingo (12) no norte dos Estados Unidos.

Não está claro se eles têm relação com um balão chinês bem maior, derrubado por um avião de combate sobre o Atlântico dias antes.

EUA nega envio de balões à China

Também nesta segunda-feira (13), a Casa Branca rebateu as acusações de Pequim de que os Estados Unidos enviam balões para sobrevoar a China com objetivos de vigilância. "Qualquer afirmação de que o governo dos Estados Unidos opera balões de vigilância sobre a República Popular da China é falsa", afirmou no Twitter a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson.

"A China é que tem um programa de balões de vigilância de grande altitude para coleta de inteligência, que tem utilizado para violar a soberania dos Estados Unidos e de mais de 40 países nos cinco continentes", acrescentou.  

Pequim havia afirmado que "balões americanos" entraram no espaço aéreo chinês "mais de 10 vezes sem qualquer autorização" desde o início do ano passado. Um porta-voz do Departamento de Estado americano também rebateu as acusações e afirmou que o governo chinês "tenta limitar os danos". 

A China "afirmou repetida e incorretamente que o balão espião enviado aos Estados Unidos era um dispositivo meteorológico e não apresentou qualquer explicação confiável para a invasão do nosso espaço aéreo e de outros países", disse. 

O voo do balão chinês sobre o território americano há pouco mais de uma semana esfriou as relações entre as duas potências a tal ponto que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, adiou uma visita prevista à China.