Pelo menos três pessoas morreram e 19 ficaram feridas, nesta segunda-feira (17), na queda de um caça-bombardeiro supersônico russo sobre um prédio residencial de Yeysk, cidade do sudoeste da Rússia perto da fronteira com a Ucrânia.
O avião militar caiu sobre um edifício de nove andares, onde moravam cerca de 600 pessoas, provocando um gigantesco incêndio, informaram as autoridades da região de Krasnodar. O presidente russo, Vladimir Putin, enviou ao local seus ministros de Situações de Emergência e de Saúde.
Pouco antes, o Ministério russo da Defesa havia informado que o "combustível da aeronave" Sukhoi Su-34 pegou fogo no "pátio de uma área residencial", onde caiu.
Imagens filmadas por testemunhas e divulgadas nas redes sociais mostraram um prédio envolto em chamas.
Segundo o Ministério da Defesa, os pilotos conseguiram se ejetar antes da queda. Tratava-se de um voo de treinamento, informou a mesma fonte.
Fogo e risco de explosão
O Ministério de Situações de Emergência, citado pelas agências russas, informou que as chamas se espalharam por cinco andares do edifício, com cerca de 2 mil m² de superfície. No Telegram, o governador da região russa de Krasnodar, Benïamin Kontradtiev, disse que "todos os bombeiros e unidades de resgate da região estão ocupados com apagar o fogo".
A cidade de Yeysk está localizada no Mar de Azov, em frente à cidade ucraniana de Mariupol, devastada por bombardeios e um longo cerco nos primeiros meses da ofensiva russa.
Oksana, moradora da região onde o avião caiu, disse à AFP por telefone que a área do acidente foi isolado. "Há risco de explosão. Tudo está em chamas. Há fumaça", disse.
Desde a entrada das forças russas na Ucrânia, voos foram proibidos em toda a região, exceto para aviões militares russos. Acidentes com estas aeronaves têm sido relativamente frequentes na Rússia.