Brasileira condenada por tráfico de drogas na Tailândia aguarda 'perdão real'

Jovem já cumpriu cerca de um ano da pena

brasileira Mary Hellen Coelho Silva, presa por tráfico internacional de drogas na Tailândia, segue na espera por "perdão real" e pelo retorno ao Brasil. A defesa da condenada aguarda o cumprimendo de um sexto do tempo encarcerada para solicitar a remissão da pena. As informações são do g1.

“Corresponde a um ano e meio de prisão. Há possibilidades de conseguir o Perdão Real, pois tem bom comportamento”, afirmou Telêmaco Marrace, advogado de defesa. 

A brasileira foi condenada a 9 anos de prisão, contudo, dois anos são uma condenação por crime civil. Essa sentença deve ser cumprida mediante pagamento de multa - o valor é de 70 mil Baht, cerca de R$ 101 mil. Caso a multa não seja paga, a pena de Mary Hellen poderá aumentar para mais de 11 anos de prisão. 

Conforme o advogado, a família da jovem não tem dinheiro para pagar o valor exigido. "Uma brasileira que reside fora do país se propôs no futuro a pagar o valor da multa, pois se sensibilizou muito com o caso, mas não há nenhuma garantia ainda", informou Telêmaco.

Mary Hellen e a família ainda possuem contato, segundo informou Telêmaco. A irmã da condenada não sabia do envolvimento dela com drogas e a mãe dela morreu pouco tempo após a prisão.  

O Itamaraty comunicou que possui conhecimento do caso. "Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Bangkok, tem conhecimento do caso e, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local, vem prestando a assistência consular cabível à nacional", disse em nota. 

Relembre o caso 

A brasileira Mary Hellen Coelho Silva, presa na Tailândia por tráfico internacional de drogas, foi condenada no país a nove anos e seis meses de prisão. A informação foi confirmada pela defesa da jovem, em 12 de maio de 2022.

Kaelly Cavoli Moreira, representante de Mary Hellen, comentou que a sentença foi proferida em 11 de maio de 2022, mas o consulado brasileiro repassou a notícia aos advogados na madrugada desta quinta.

Dos 9 anos e 6 meses, segundo a advogada, a brasileira deve cumprir dois anos por crime civil e 7 anos e seis meses por crime penal.