Mais de 90 pessoas morreram após as forças israelenses bombardearem uma escola em Gaza, neste sábado (9), de acordo com informações da Defesa Civil local. Para Israel, a unidade de ensino servia como um centro de comando do grupo Hamas, que governa o território onde o prédio está localizado.
Porta-voz da entidade, Mahmud Basal afirmou que os ataques atingiram dois andares da escola al-Tabi’een, além de uma mesquita anexada ao prédio, que foi atingida por três mísseis. A ação resultou na morte de 93 pessoas, incluindo onze crianças e seis mulheres.
“Dezenas de pessoas ficaram feridas e algumas estão em cuidados intensivos, há muitas partes de corpos sem identificação e pessoas desaparecidas’, acrescentou o representante.
Segundo um socorrista que esteve no local, as pessoas estavam rezando no momento do ataque.
Na última quinta-feira (8), a Defesa Civil já havia informado que mais de 18 pessoas morreram após as forças israelenses bombardearem outras duas escolas.
PRONUNCIAMENTO DE ISRAEL
Em publicação no X, antigo Twitter, o exército de Israel justificou a ação afirmando que tanto a escola quanto a mesquita eram “instalações militares para o Hamas e para a Jihad Islâmica”, usadas para “desenvolver ataques terroristas”.
A equipe de comunicação do Hamas, no entanto, negou a informação, afirmando que o local, na verdade, acolhia cerca de 250 desabrigados, com a maioria deles sendo formada por mulheres e crianças.
O exército israelense usou a mesma alegação para justificar os ataques às outras duas unidades de ensino, na quinta (8).
REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
Relatora especial das Nações Unidas para os Territórios Palestinos, a italiana Francesca Albanese classificou a ação como um “genocídio de palestinos”. O ataque também foi repudiado pelo Catar, que pediu uma “investigação internacional urgente” sobre o caso.
Outros países a condenarem a ação foram a Arábia Saudita e a Turquia, que considerou a ocorrência como “um novo crime contra a humanidade”.