A ativista ambiental sueca Greta Thunberg foi detida nesta terça-feira (17) durante uma manifestação contra a expansão de uma mina de carvão a céu aberto em Lützerath, no oeste da Alemanha. A jovem foi levada por três policiais e segurada pelo braço. Ela foi vista sentada no entorno da mina e depois escoltada até uma viatura.
Além de Greta, outros manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança durante o protesto, que já dura vários dias e reúne milhares de pessoas.
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No último domingo (15), a polícia alemã informou que ao menos 70 policiais ficaram feridos no sábado (14).
Uma das maiores da Europa, a mina é operada pela empresa energética RWE. O Poder Executivo alemão considera necessária a extensão da mina para garantir a segurança energética da Alemanha, compensando a interrupção do abastecimento de gás russo, razão que os protestantes rejeitam, alegando que as atuais reservas de lignito são suficientes.
"É uma vergonha que o governo alemão firme acordos e compromissos com empresas como a RWE", declarou Thunberg.
"O carvão de Lützerath deve permanecer no solo", proclamou diante dos manifestantes, pedindo para que não se sacrifique o clima às custas do "crescimento a curto prazo e da ganância empresarial".