O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, afirmou que o governo fará "investigação rigorosa" em torno do tumulto que deixou ao menos 153 mortos ao lado da estação de metrô Itaewon, em Seul. Foi "uma tragédia e um desastre que não deveriam ter ocorrido", criticou o mandatário em mensagem de TV.
O governo sul-coreano decretou, neste domingo (30), luto nacional. Yoon Suk-yeol explicou que vai em busca das causas e tomará medidas para impedir outros episódios dessa gravidade. O caso é visto como a pior tragédia no país desde o naufrágio do navio Sewol, há oito anos, quando 304 pessoas morreram, a maioria estudantes.
Por volta das 22h de sábado (10 horas de Brasília), durante a tradicional comemoração do dia das bruxas, centenas de pessoas foram prensadas em um beco junto à saída 2 da estação. Segundo informações do governo, as vítimas morreram pisoteadas e outras foram asfixiadas em meio à multidão.
Estrangeiros entre as vítimas
Cerca de 22 estrangeiros estão entre os mortos. Informe do Ministério do Interior aponta que Estados Unidos, Irã, China, Uzbequistão, Áustria, Vietnã, Cazaquistão, Noruega e Sri Lanka são as nacionalidades já confirmadas.
A estimativa da imprensa local é de que 100 mil pessoas estavam na noite do evento. Era a primeira festa de Halloween dos últimos três anos sem as restrições da pandemia. Itaewon é conhecido por sua intensa vida noturna, com bares, boates e restaurantes, com intensa circulação de turistas e estrangeiros.