Médico é denunciado por suspeita de assédio sexual no Maranhão

Paciente de 19 anos estava em consulta ginecológica. Outras mulheres que teriam sido assediadas pelo homem também se manifestaram

Uma paciente de 19 anos denunciou um médico em Caxias, a 360 quilômetros de São Luís, dizendo ter sofrido assédio sexual durante uma consulta. O especialista, identificado como José Raimundo Pereira Filho, é bastante conhecido no município. As informações são do portal G1.

De acordo com a mulher, o assédio teria ocorrido durante uma consulta ginecológica. Sem se identificar, a mulher afirmou que teve as partes íntimas tocadas pelo homem e saiu do consultório às pressas para evitar algo pior. “É difícil ver uma pessoa começar a te tocar e você não conceder o ato”, relatou.

A paciente buscou se consultar para saber se estava grávida. Durante a examinação, o médico começou a adotar a postura denunciada. “Passou a mão na minha bunda e eu falando ‘me solta por favor! Eu tenho que ir pra casa’. Eu tenho um filho. Aí ele começou a falar que eu tinha deixado ele excitado, tentando pegar a minha mão para forçar eu pagar na parte genital dele. Começou a me apertar para que meu corpo sentisse o corpo dele”, narrou a paciente.

O primeiro relato do caso foi feito em uma rede social. A partir da publicação, outras mulheres que teriam sido assediadas por José Raimundo também se manifestaram. O caso foi registrado na Delegacia da Mulher de Caxias.

A delegada Marília Vasconcelos, responsável pelo caso, preferiu não dar mais detalhes sobre o assunto, mas destacou que investigações estão sendo realizadas. A Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Caxias ressaltou que já tem conhecimento do caso e buscará acompanhar as investigações.

A direção da clínica emitiu uma nota na qual afirma que o “médico José Raimundo Pereira Filho e a Clinison ficaram surpresos com os fatos inverídicos e que em 30 anos de profissão o médico jamais teve o seu nome envolvido em que desabonasse sua conduta, e que medidas legais estão sendo tomadas para garantir o esclarecimento dos fatos”. A clínica apontada como cenário do assédio sexual pertenceria ao próprio médico.