O telescópio espacial James Webb da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) revelou imagem inédita, nesta quinta-feira (17), da formação de uma protoestrela — uma nuvem de gás e poeira interestelar que constitui a fase inicial de uma estrela.
As nuvens ardentes dentro da região de formação estelar de Touro só são visíveis em luz infravermelha, tornando-se um alvo ideal para a Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam) do Webb. É possível observar a protoestrela em si escondida da vista dentro do "pescoço" na forma de ampulheta.
As nuvens de gás coloridas de azul e laranja são ressaltadas nas imagens infravermelhas, delineiam cavidades criadas à medida que o material se afasta da protoestrela e colide com a matéria circundante.
As cores em si são devidas a camadas de poeira entre o telescópio Webb e as nuvens. As áreas azuis são onde a poeira é mais fina. Quanto mais espessa a camada de poeira, menos luz azul consegue escapar, criando bolsões de laranja
Atualmente, o telescópio James Webb é o principal observatório de ciência espacial do mundo. O equipamento busca resolver mistérios do nosso sistema solar, olhar além para mundos distantes em torno de outras estrelas e investigar as estruturas e origens do nosso universo.
Imagens dos 'Pilares da Criação'
O telescópio espacial James Webb capturou os icônicos "Pilares da Criação", enormes estruturas de gás e poeira repletas de estrelas. As imagens surpreendentes foram divulgadas pela Nasa, em outubro deste ano.
Os "Pilares da Criação" ficaram famosos graças ao telescópio espacial Hubble, que os captou pela primeira vez em 1995 e, depois, em 2014.