Após área de Maceió ser desocupada por alerta máximo de risco de desabamento, o prefeito da cidade, João Henrique Caldas (PL), sobrevoou a região, no início da tarde desta sexta-feira (1º), mostrando os sinais de fissuras no solo. O helicóptero estava sobre o terreno acima da mina de número 18 da Braskem.
"Quando você olha outras regiões não existem fissuras. Muito provavelmente a área atingida é essa aqui. Já dá para se ter uma previsão do colapso. A área já está toda evacuada. Não há ninguém aqui. Absolutamente ninguém", afirma. Nas imagens, é possível ver diversas máquinas e caminhões deixados.
"Em caso de colapso a tendência é (a área) aumentar, mas já dá para se ter uma previsão de onde mais ou menos seria o raio de colapso".
A região, que afunda na velocidade de 2,6 centímetros por hora, teve um deslocamento vertical acumulado de 1,42 metros. "Você pode ainda perceber maquinário, caminhões, máquinas. Elas ainda estão aqui. Mas não há nenhum trabalhador", acrescentou.
ORIGEM DO PROBLEMA
A instabilidade no solo de Maceió foi causada pela extração de salgema do subsolo e ocasionou o afundamento de cinco bairros. Essas localidades foram ou estão sendo parcialmente desocupadas.
Após a extração do minério, as minas ficam cheias com um líquido químico que vazou, formando vários desabamentos.
Os tremores seriam também relacionados a acomodação do solo, a partir dos deslocamentos no subsolo. A Braskem indeniza moradores desde 2018, data do primeiro tremor ocorrido, que prejudicou mais de 60 mil moradores.