A velocidade de afundamento da mina nº 18 da Braskem em Maceió, uma das regiões com maior risco de colapso da área, voltou a subir, chegando a 0,27 cm por hora, segundo balanço da Defesa Civil municipal divulgado na manhã desta terça-feira (5). O movimento verificado nas últimas 24 horas foi de 6,5 cm e, até o momento, a região já afundou 1,86 metro.
O deslocamento vertical da mina está com velocidade 0,01 maior que a registrada no relatório anterior, divulgada na tarde de segunda-feira (4).
A Defesa Civil disse que permanece em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso.
As informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas, afirma o órgão. "Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo", disse o órgão, em nota.
Histórico
A instabilidade no solo de Maceió foi causada pela extração de sal-gema do subsolo e ocasionou o afundamento de cinco bairros. Essas localidades foram ou estão sendo parcialmente desocupadas.
Após a extração do minério, as minas ficaram cheias com um líquido químico que vazou, formando vários desabamentos. Os tremores seriam também relacionados a acomodação do solo, a partir dos deslocamentos no subsolo.
A Prefeitura de Maceió e a Baskem fecharam um acordo em julho deste ano, assegurando ao município uma indenização de R$ 1,7 bilhão por conta do afundamento. O caso teve início em 2018, data do primeiro tremor ocorrido, e prejudicou mais de 60 mil moradores.
De acordo com o Município, os recursos serão destinados à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).