Japão autoriza comercialização do exame de sangue para detectar Alzheimer
Empresa japonesa deseja lançar o teste “o mais rápido possível”
O Japão avançou mais um degrau na ciência com o novo teste de diagnóstico do Alzheimer. Conforme a empresa fabricante Sysmex Corporation informou, nesta quinta-feira (22), a iniciativa marca um progresso raro no campo da doença neurodegenerativa.
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Em comunicado, a empresa japonesa criadora do teste indicou que planeja lançar este teste de diagnóstico minimamente invasivo no mercado japonês "o mais rápido possível".
Segundo a Sysmex, o sistema mede em pouco mais de vinte e cinco minutos o nível de acúmulo no sangue da proteína beta-amiloide, um dos principais biomarcadores do mal de Alzheimer.
Existem outros métodos disponíveis para diagnosticar esta patologia, mas geralmente são caros ou invasivos (imagens cerebrais, punção lombar para extrair líquido cefalorraquidiano), já que é fundamental detectar o Alzheimer o mais rápido possível para tentar interromper sua progressão.
“Ferramentas de diagnóstico simples, baratas, não invasivas e de fácil acesso são urgentemente necessárias” para melhorar a detecção precoce da doença de Alzheimer, afirma a ONG americana Alzheimer's Association em seu site.
Outros exames de sangue estão sendo desenvolvidos em outras partes do mundo ou estão aguardando autorização de comercialização.
No futuro, os exames de sangue “provavelmente revolucionarão o processo de diagnóstico da doença de Alzheimer e de todas as outras demências”, afirma a Alzheimer's Association.
Lecanemab
A doença de Alzheimer permanece incurável até o momento. Em novembro, porém, dados clínicos adicionais confirmaram o potencial de um novo medicamento, o lecanemab, para retardar significativamente o declínio cognitivo em pacientes tratados por 18 meses.
Mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo sofre de demência, número que deve aumentar para 130 milhões até 2050 com o aumento da expectativa de vida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença de Alzheimer representa entre 60% e 70% dos casos.