O terceiro suspeito de ordenar a chacina da Sapiranga, ocorrida na madrugada do Natal do ano passado, foi preso na tarde deste domingo (26) quando tentava praticar um novo homicídio. Francisco Wellington Bezerra da Silva Filho, também conhecido como 'Etim' ou 'Bombado', estava foragido e era considerado de alta periculosidade.
Neste domingo, Etim foi preso na própria Sapiranga, em Fortaleza, ao atentar contra a vida de um homem que possuía registro de arma de fogo para tiro desportivo (CAC). A vítima reagiu a tentativa de assassinato, o que fez 'Etim' e outros dois adolescentes, que também participavam da ação, iniciarem uma fuga. Uma equipe de Força Tática do 19º Batalhão da Polícia Militar, todavia, conseguiu capturar os suspeitos.
Veja o momento da prisão:
Com eles, foram apreendidas duas pistolas. A PM também recolheu a arma da vítima para perícia. A ocorrência está sendo apresentada na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).
Francisco Wellington estava com mandado de prisão preventiva em aberto, expedido em 26 de janeiro deste ano, com base nos crimes de homicídio, corrupção de menores e organização criminosa, crimes relacionados a chacina no bairro Sapiranga. Ele também tinha passagens pela polícia por roubo, duas por receptação de produtos roubados ou furtados, porte ilegal de arma de fogo e crime de trânsito.
Solto após pagar fiança
Em 2020, Etim chegou a ser preso por suspeito de envolvimento em uma receptação de uma bicicleta, também na Sapiranga. Todavia, devido ao menor potencial ofensivo do delito, ele foi solto após pagar uma fiança de R$ 250. A partir de então, ele voltou às ruas e vou a delinquir, conforme aponta investigação da Polícia Civil.
Motivação do crime
Em documentos acessados pelo Diário do Nordeste sobre a chacina, Etim era um dos dissidentes de uma facção de origem carioca que atuava na Sapiranga. Ele teria 'rasgado a camisa', como os faccionados denominam ato de traição ao grupo, e decidido tomar o território do Campo do Alecrim.
Foi então que ao lado de Raí César da Silva Araújo, também conhecido como 'Jogador', e de João Ricardo Sousa da Silva, de alcunha 'Das Facas', resolveram planejar e executar a chacina da Sapiranga a fim de tomar o domínio do tráfico de drogas da região. Juntos, eles aderiram à 'Massa' e formara outro grupo chamado 'Tropa da Fronteira'. Jogador e Das Facas foram presos poucos dias após a chacina.