Suspeito de tentativa de chacina na Praça da Gentilândia é indiciado pela Polícia Civil

De acordo com o relatório final do DHPP, Walacy Paulo do Nascimento foi o único autor do crime, que deixou seis vítimas baleadas

A Polícia Civil do Ceará concluiu inquérito sobre a tentativa de chacina na Praça da Gentilândia, ocorrida há menos de um mês. Walacy Paulo do Nascimento foi indiciado por tentativa de homicídio, com motivo torpe. Seis pessoas foram atingidas por disparos de arma de fogo na ação. Todas elas resistiram aos ferimentos.

Conforme o relatório final emitido pela 5ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Walacy praticou o crime na intenção de matar um desafeto pessoal, identificado como Daniel, o 'Dani Boy'. "No entanto por circunstâncias alheias a sua vontade não consumou o dolo de matá-lo, bem como por erro no uso do meio da execução atingiu mais cinco pessoas diversas da que pretendia, vindo a causar lesões em todas elas", conforme trecho do inquérito.

Para a Polícia Civil, não restaram dúvidas de que o crime foi executado por Walacy Paulo do Nascimento. Quando preso em flagrante, ainda no dia 12 de janeiro de 2021, minutos após o ataque, ele confessou a ação. Consta no depoimento do suspeito que ele tinha intenção de assassinar 'Dani Boy' porque vinha sendo ameaçado pelo desafeto, após ter relação sexual com uma garota de programa namorada de Daniel.

Sobre o indiciamento, advogado do suspeito falou à reportagem, sob condição de não ter sua identidade divulgada, que: "os meios de provas colhidas pela PM são ilegais por ferir normas da Constituição. A forma como a PM fez a prisão, invadindo domicílio com o fundamento de denúncia anônima não se encontra querida no direito constitucional brasileiro".

Ação

Walacy Paulo encontrou o desafeto na Praça da Gentilândia e começou a efetuar disparos. 'Dani Boy' conseguiu fugir e as outras vítimas que estavam no local foram feridas indiscriminadamente. Ainda em depoimento o suspeito disse aos policiais que não tinha intenção de ferir ou matar ninguém, que não fosse o seu desafeto.

O jovem foi preso por militares, em um prédio residencial no entorno da praça. A Polícia Militar do Ceará não se pronunciou acerca das denúncias de irregularidade no flagrante ditas pelo advogado do preso. A Justiça chegou a negar pedido de relaxamento de prisão a favor de Walacy Paulo, que permanece preso preventivamente.