A Polícia Civil do Ceará deflagrou a operação 'Portabilidade Falsa' e desarticulou uma quadrilha suspeita de aplicar golpes em servidores públicos do Estado. A reportagem apurou que a organização criminosa movimentou, pelo menos, R$ 12 milhões a partir do golpe do 'empréstimo consignado'.
Sete pessoas foram presas. Dentre elas, três homens naturais do estado do Rio de Janeiro, sede de uma das empresas de correspondência bancária que era utilizava para enganar as vítimas ofertando portabilidade dos empréstimos com indicação de contas para depósito do investimento financeiro. Os nomes dos detidos não foram revelados.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), que informou que não poderia passar detalhes no momento e deve organizar uma coletiva de imprensa sobre o caso na segunda-feira (14).
Vítima
Uma das vítimas relatou ser funcionário público federal e residir em Fortaleza. Após fechar acordo de empréstimo consignado com um banco, a vítima foi contactada por outra operadora financeira, que obteve seus dados pessoais, e ofertou a ela portabilidade. Em troca, foi prometida uma redução de taxas de juros. Ao invés da redução, a vítima foi levada a fazer um novo empréstimo de todo o limite do seu consignado e acumulou dívidas.
Na internet, relatos como esse se repetem. A forma de agir das quadrilhas que lidam com aliciamento de servidores públicos ainda se vale do tráfico de informações pessoais.