Polícia investiga se veneno em carne seria para matar ratos; homicídio não é descartado

Irmão de uma das vítimas foi autuado por homicídio culposo. Um homem morreu e duas pessoas ficaram internadas

A Polícia Civil investiga se a carne com veneno ingerida por uma família no município Santa Quitéria seria utilizada para matar ratos ou se foi oferecida de forma intencional. O caso aconteceu na última sexta-feira (18), na localidade de Várzea de Cima, zona rural da cidade. Um homem morreu e duas pessoas ficaram internadas devido à intoxicação. O vizinho da família, José Lira Farias, que preparou o alimento, foi autuado por homicídio doloso, quando há intenção de matar.  

Segundo a delegada de Santa Quitéria, Joseana Carla, a Polícia aguarda o laudo cadavérico da vítima, Raimundo Elias Farias de Lima, de 49 anos, mas já teve acesso e analisará os prontuários de Manoel Farias de Lima (43 anos), irmão de Raimundo, e da mãe, Sebastiana Farias de Lima (84 anos), que foram levados ao hospital após comerem a carne. Os dois receberam alta no mesmo dia. O alimento envenenado foi totalmente ingerido pela família, inclusive por José Lira, durante o jantar. 

“Eles têm grau de parentesco, mas não moravam juntos, eram vizinhos. Toda a família trabalha na fabricação de queijo e eles estavam passando por uma infestação de rato e todos haviam decidido colocar chumbinho para tentar matar os roedores. Essa é a versão de todos, inclusive dos sobreviventes, mas estamos investigando se foi proposital ou negligência”, explica a delegada.  

Crime ambiental 

Segundo pessoas que moram próximas ao local, a carne seria usada para matar animais que estariam incomodando a vizinhança. Porém, a delegada ressalta que a informação não foi confirmada. "Tem denúncia de populares, mas ainda não tem isso registrado. Seria uma justificativa para a quantidade de carne que eles tinham em casa, mas ainda não está comprovado nada", pontua.

Caso seja comprovada a informação e ocorram outros registros de morte de animais nas redondezas, José Adailton responderá por crime ambiental, além de homicídio culposo em relação aos vizinhos.