A Polícia Federal (PF) desarticulou, nessa terça-feira (13), uma organização criminosa responsável pela produção de cédulas e de documentos de identificação civil falsificados. A operação, nominada Deep Fakes, foi iniciada após prisão preventiva de um suspeito no Ceará no dia 23 de março, durante fechamento de um laboratório clandestino no Estado.
Segundo a PF, os criminosos também confeccionavam cartões de crédito clonados, produziam sistemas ilegais de busca de dados de pessoas, abriam contas bancárias clonadas e efetuavam diversas outras fraudes. O cearense, atualmente, responde pelos crimes de moeda falsa, apetrechos para falsificação, falsificação de documentos, estelionato, entre outros.
Outros suspeitos
Três outros responsáveis pelo laboratório fugiram quando o local foi encerrado, sendo presos preventivamente em Maringá (PR), Santa Isabel do Ivaí (PR) e em Sete Lagoas (MG) na ofensiva policial dessa terça. Foram cumpridos, também, cinco mandados de busca e apreensão.
Dentre o material encontrado pelos agentes, estavam mídias com matrizes para produção de cédulas falsas de todos os valores — inclusive de R$ 200 —, maquinários para produção de moedas metálicas de dez, 25, 50 centavos e R$ 1, além de materiais de fundição, moldes, centrífuga, forno, vulcanizadores e outros elementos para a fabricação de moedas falsificadas.
Os policiais ainda apreenderam matrizes para a produção de documentos de identidade de todos as unidades federativas, Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs), certidões de nascimento, casamento, óbito, diplomas de universidades e outras documentações. Os documentos produzidos seriam utilizados para abertura de contas bancárias em nome de terceiros, entre outras fraudes.
O montante apreendido em células falsas chega a R$ 300 mil. Outros R$ 70 mil em espécie, além de veículos sem origem em nomes de terceiros, foram localizados.
Recebimento de benefícios
Os agentes também localizaram e apreenderam cartões do Cidadão e de outros tipos, usados para recebimento de benefícios previdenciários.
A operação contou com o apoio da Diretoria de Segurança Corporativa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos