Policiais penais e militares prenderam nesta quarta-feira (18), os irmãos Izaias Maciel da Costa, o 'Mucuim' e Iago Maciel da Costa. 'Mucuim' estava foragido há quase dois meses, desde quando foi condenado pela Chacina de Quixeramobim e fugiu na volta do júri, quando era levado com mais dois condenados pela matança para o Sistema Penitenciário.
Os irmãos foram capturados em Horizonte, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A reportagem apurou que com a dupla foram apreendidos um fuzil AR15, duas pistolas calibre 380, cinco carregadores, munições, dois carros roubados, aparelhos telefônicos e um caderno com anotações referentes ao tráfico de drogas.
Izaias Maciel responde por pelo menos três homicídios e é suspeito de estar envolvido em mais 15 mortes. Em 2018, data da chacina, ele ficou conhecido como 'pistoleiro do Sertão Central'.
As buscas aconteceram com apoio de policiais penais, militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e agentes da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
A dupla foi levada à Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).
FUGA
No dia 25 de novembro de 2022, Izaias Maciel, Francisco Fábio Aragão da Silva e Mateus Fernandes de Sousa foram condenados a um total de 207 anos de prisão e fugiram da viatura que os levava de volta aos presídios.
A viatura saiu do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, onde aconteceu o julgamento. Segundo os policiais penais que participavam da escolta, o trio quebrou a grade da viatura (conhecida como "corró") e pulou do veículo em movimento.
Confira as penas individuais:
- Francisco Fábio Aragão da Silva, o 'Pão' - 70 anos e 8 meses de reclusão;
- Izaias Maciel da Costa, o 'Mucuim' - 70 anos e 8 meses de reclusão;
- Mateus Fernandes de Sousa, o 'Gato a Jato' - 66 anos de prisão.
O trio foi condenado por 4 homicídios, uma tentativa de homicídio e pelo crime de organização criminosa e teria que cumprir a pena em regime fechado, conforme a sentença.
Os agentes foram afastados preventivamente do serviço público, por 120 dias e são investigados pela suspeita de "eventual facilitação de fuga e corrupção", conforme inquérito policial.
Conforme a decisão, o afastamento se deu "por prática de atos incompatíveis com a função pública, visando à garantia da ordem pública, à instrução regular do processo administrativo disciplinar e à correta aplicação de sanção disciplinar".
SEGUEM FORAGIDOS: