A Polícia Federal (PF) cumpre mandado de busca e apreensão em Fortaleza, nesta quarta-feira (14), para identificar organização criminosa responsável por fraudes bancárias no Ceará e nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. De acordo com a PF, o esquema criminoso frauda equipamentos eletrônicos da Caixa Econômica Federal para realizar saques ilegais.
Segundo a investigação, os fraudadores manipulam equipamentos para gerar saques no valor de R$ 2 mil com registros de débito de apenas R$ 20 nas contas. A PF identificou que o grupo realizou mais de 900 saques fraudulentos em 39 contas bancárias, somando R$ 1.700.296. Em apenas um dia, mais de 700 saques foram feitos somente no Ceará.
Ainda conforme a PF, os saques envolveram pessoa de empresa terceirizada da Caixa com acesso aos equipamentos do banco.
A Operação Vintém busca documentos e eletrônicos que auxiliem na comprovação dos crimes e na identificação de mais de 20 outros membros do grupo criminoso.
Peculato e furto qualificado
Conforme a PF, as condutas dos investigados podem configurar o cometimento, em tese, dos crimes de organização criminosa, peculato e furto qualificado, com penas que podem chegar a 28 anos de prisão.
O nome da operação remete aos valores debitados fraudulentamente das contas, através de estratagemas criminosos.
As investigações continuam, com análise do material apreendido, visando a identificação dos demais membros da organização criminosa.
Caixa diz monitorar fraudes
Em nota, a Caixa Econômica Federal afirmou que a ação criminosa foi identificada pelo monitoramento de segurança da empresa e encaminhado ao Departamento de Polícia Federal para investigação.
O banco disse ainda colaborar com a PF e demais órgãos de segurança pública e que as informações relacionadas aos casos de fraude possuem caráter sigiloso, sendo repassadas apenas às autoridades policiais e de controle, tendo em vista risco de comprometimento de investigações criminais em andamento.