Mesmo na pandemia, rodovias federais do Ceará registram mais mortes em 2020 do que em 2019

Conforme balanço da Polícia Rodoviária Federal, no ano passado foram 176 mortos nas estradas. Há pontos considerados como críticos pelas autoridades. Veja abaixo quais são

Em um ano marcado pela pandemia e pelo isolamento social, menos acidentes foram registrados nas rodovias federais do Ceará, mas mais pessoas morreram. Conforme levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 2020 encerrou com 1.571 acidentes, 1.755 feridos e 176 mortos nas estradas de responsabilidade da Federação.

Em 2019, foram 1.694 acidentes, com 1.967 feridos e 157 mortos. O aumento de mortes, de um ano para outro, foi de 12,1%. Confira o infográfico abaixo.

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O inspetor da PRF Flávio Maia garante que, na maior parte dos casos, as tragédias ainda acontecem por negliência dos motoristas. "Falta obediência às normas", diz o policial.

Já em 2021, até o fim do mês de fevereiro, foram 233 acidentes, 263 feridos e 26 mortos. O total de ocorrências dos dois primeiros meses deste ano aponta média de quatro acidentes a cada dia, apenas nas rodoviais federais do Estado.

"Há uma predisposição das pessoas para desobedecer normas. Obedecem quando tem viatura ali, mas quando não, ultrapassam indevidamente, não dão atenção à sinalização, passam fora da faixa e por baixo da passarela, utilizam celulares, como outras atitudes", afirmou o inspetor.

Os números também apontam que o elo mais frágil no trânsito é quem mais é vítima dos acidentes fatais. Das 26 mortes em 2021, 14 foram ciclistas ou motociclistas, seis pedestres e o restante quem estava dentro de automóveis.

"No Ceará, nós sabemos quais os locais críticos. A Polícia faz um trabalho em cima da letalidade. Baseado nos dados estatísticos a PRF direciona trabalho para aqueles locais. É importante também conscientizar a população para que tenha mais prudência e que respeite normas e condutas", destacou Maia.