Após a Justiça decidir pela prisão preventiva de José Hilson de Paiva, médico e atual prefeito afastado da gestão de Uruburetama, a defesa do suspeito informou que o homem vai se apresentar às autoridades policiais, na tarde desta sexta-feira (19). O advogado de Paiva, Leandro Vasques, informou ao Sistema Verdes Mares que seu cliente irá "prestar declarações sobre o caso".
Por nota, Leandro Vasques destacou que José Hilson está à disposição para cooperar com as investigações. A defesa destacou que a prisão preventiva é incabível por considerar que "os fatos em questão datam de muitos anos atrás, o que elimina o requisito da contemporaneidade exigido pelos tribunais para a decretação da segregação cautelar".
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) havia requerido a prisão preventiva do médico na noite dessa quarta-feira (17). Nesta sexta-feira (19), o Poder Judiciário atendeu o pedido e acrescentou na decisão pedido de busca e apreensão de diversos objetos que podem conter provas dos abusos praticados e filmados pelo próprio suspeito.
Para a Promotoria de Justiça de Uruburetama, Paiva poderia "coagir, constranger, ameaçar, corromper, enfim, praticar atos tendentes a comprometer a investigação do Ministério Público e da Polícia Civil". A suspeita é que José Hilson de Paiva tenha feito, pelo menos, 17 vítimas. As mulheres afirmam ter sido abusadas sexualmente pelo homem, enquanto se submetiam à consultas médicas com ele.