O governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou na manhã desta quinta-feira (10) que pretende transferir, "nos próximos dias", mais 20 presos chefes de facções criminosas para um presídio federal.
"Nos próximos dias vamos transferir mais 20 presos líderes aqui no Ceará em trabalho com parceria com a Justiça e estamos conseguindo normalizar a situação", disse Camilo em entrevista para a Rádio Verdes Mares.
Até a quarta-feira-, 21 chefes de grupos criminosos tinham sido transferidos para Mossoró, no Rio Grande do Norte, e aguardavam serem distribuídos para outros presídio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) pelo País.
Os ataques criminosos chegaram ao 9º dia no Estado.
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Cadeias públicas são fechadas no Interior
O governador afirmou também que a segurança foi reforçada no interior do Estado, onde, segundo Camilo, os ataques passaram a se concentrar com mais intensidade. O governador disse que, com a ajuda da Justiça estadual, está conseguindo transferir presos que estão em cadeias do Interior para penitenciárias da Região Metropolitana de Fortaleza.
"Sobre o Interior, nós temos um monitoramento a cada 12 horas para avaliar a situação de cada cidade", afirmou.
"Nós fechamos cadeias públicas do Interior e transferimos presos para penitenciárias da Região Metropolitana. Fomos lá na cidade de Marco, onde tivemos muitos ataques, fechamos a cadeia e trouxemos os presos para cá", completou.
Procurado pelo Diário do Nordeste para fornecer detalhes sobre a tranferência de presos, a Secretaria de Administração Penitenciária, informou por meio de nota que "por razão de segurança, esses detalhes são sigilosos".
"Sentimento de agradecimento" por Moro
Em meio à crise de segurança, Camilo Santana ainda disse que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, é um aliado contra o crime organizado e que mantem constantemente diálogo com Moro e o ministro da defesa.
"Meu relacionamento está tudo bem. Sentimento de agradecimento. Eu tenho mantido contatos diários com ministro Sérgio Moro e com o ministro da defesa. Estou em contato permanente com eles e estou feliz, pois eles ficaram à disposição de ajudar o Estado", concluiu.