Irmão de 'conselheiro de guerra' de facção criminosa atuante no Oitão Preto é preso no Piauí

Ele teria assumido a chefia do tráfico quando o irmão foi capturado em uma operação que apreendeu quase R$ 70 milhões em drogas

O irmão do homem apontado pela Polícia Civil como o "conselheiro de guerra" da facção criminosa atuante na comunidade do Oitão Preto, no bairro Moura Brasil, em Fortaleza, foi preso na última sexta-feira (16), em Parnaíba, no Piauí, durante a sequência da Operação Guilhotina. 

Samoel Rodrigues Lima Filho, 32, teria assumido a chefia do tráfico na comunidade quando o irmão, Renê Rodrigues Lima, 34, foi capturado em uma ofensiva que retirou quase R$ 70 milhões da facção criminosa, com a apreensão de mais de 1,7 tonelada de drogas, segundo a Polícia Civil.

De acordo com as informações, Samoel Rodrigues também é apontado como possível mandante de um homicídio que aconteceu no último dia 7 de abril, também no Oitão Preto. A Polícia Civil continua investigando o caso.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública, o investigado acumula passagens pelos crimes de roubo, tráfico ilícito de drogas, homicídio doloso e crimes de trânsito.

'Tropa do Lampião'

Há dois meses, durante o curso da Operação Guilhotina, o chefe da célula da facção criminosa "Tropa do Lampião" no Ceará, Max Miliano Machado da Silva, 33, foi preso.

Ele tem antecedentes criminais por homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa, tendo sido alvo de uma operação da Polícia Federal no Amazonas por tráfico internacional de drogas.

'Racha' na facção criminosa

No último dia 11 de abril, o Diário do Nordeste noticiou com exclusividade que criminosos migraram do Ceará para o Rio de Janeiro com o objetivo de se livrar do cerco da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Integrantes da "Tropa do Lampião" receberam apoio de chefias da facção criminosa carioca e pretendiam se aliar com membros locais para dominar territórios de grupos rivais. Eles receberam carregamentos de armas de fogo de grosso calibre e partiram para o ataque.

Os confrontos chamaram a atenção das equipes da Segurança Pública, o que desagradou os chefes do esquema e gerou um “racha” na facção criminosa. Além do tráfico de drogas, eles passaram a fazer assaltos na região.

Mortes

No último dia 6 de abril, dois foragidos da Justiça do Ceará, que eram procurados desde 2019, foram mortos durante operação da Polícia Civil no Rio de Janeiro. As investigações contra eles deram origem à Operação Guilhotina.