O digital influencer Yarley Ara utilizou a rede social Instagram, no último sábado (30), para denunciar um caso de violência policial cometido contra familiares, no Município de Lavras da Mangabeira, no Interior do Ceará. Pelo menos duas mulheres teriam sido agredidas pelos policiais militares.
Questionada sobre a denúncia, a Polícia Militar do Ceará (PMCE) enviou nota em que "informa que já tomou conhecimento da ocorrência no município de Lavras da Mangabeira e que irá apurar as circunstâncias dos fatos".
Já a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) respondeu que "já tomou conhecimento da ocorrência no município de Lavras da Mangabeira e está apurando as circunstâncias dos fatos seguindo os trâmites do ordenamento jurídico".
Yarley relatou, no Instagram, que dois primos dele se envolveram em uma briga com um terceiro jovem, e a Polícia Militar foi acionada. O pai do jovem denunciou aos policiais militares que os outros dois rapazes eram envolvidos com roubos, tráfico de drogas e tráfico de armas.
"Eu acredito que isso deve ter entrado na cabeça do policial, que começou a tratar meus primos muito mal, como se fossem bandidos, marginais, que tivessem devendo alguma coisa. Como se os meninos tivessem armas e drogas", opinou Yarley.
Agressão a duas mulheres
Conforme a denúncia do influencer, os policiais levaram os dois primos de Yarley até a casa deles, para apurar a denúncia de que eles guardavam armas de fogo e drogas. A irmã de Yarley e a companheira dela acompanharam e começaram a filmar a ação policial.
Veja vídeo da denúncia:
Segundo o influencer, os PMs "acabaram sendo grosseiros e violentos com as meninas, dizendo que elas não podiam filmar". Depois, os policiais teriam batido a cabeça da irmã de Yarley em uma bicicleta e dado um tapa na companheira dela.
Yarley publicou o vídeo da ação policial em sua conta no Instagram, que tem mais de 5,7 milhões de seguidores. Conforme o influencer, os policiais não encontraram nenhum ilícito com os familiares, que iriam denunciar a violência policial em Boletim de Ocorrência (BO) em uma delegacia da Polícia Civil do Ceará (PCCE).
A reportagem tentou contato com Yarley, mas o empresário dele afirmou que ele não iria se manifestar além das publicações nas redes sociais.