A Polícia acreditava que a prisão -ou morte - de Ednaldo Evangelista da Cunha estava com os dias contados. Nas últimas semanas ele escapou de vários cercos, mesmo sem contar com seus dois fiéis comparsas: Zaqueu Rodrigues de Sousa, o ‘Kel’; e Francisco Morais da Silva, o ‘Chico da Nadir’. Sozinho, agora tentava arregimentar novos companheiros e formar uma nova quadrilha. Para tanto, estava de posse de várias armas, entre elas, algumas que roubou do posto da Polícia Rodoviária Federal, em Canindé, na noite de domingo de Carnaval. A Polícia Civil e a PM trabalhavam para evitar que o bando de ‘Mel’ fosse recomposto.
O bandido buscava se esconder em regiões de difícil acesso para a Polícia: em matagais nas localidades de Pau Serrado, Maranguape; Fazenda Ipiranga, em Canindé; Maracanaú e Itapiúna. Um dos últimos episódios de violência praticado pelo bando ocorreu na cidade de Horizonte, onde ‘Chico da Nadir’ acabou morrendo. Uma semana depois, ‘Kel’ foi capturado. ‘Mel’ ficou só. Era o começou do seu fim. (F.R.)
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Policiais eram o alvo predileto da quadrilha
As autoridades atribuíam a Ednaldo Evangelista da Cunha, o ´Mel´, a morte dos seguintes policiais: soldado PM José Raimundo Correia da Silva (morto em Maracanaú), sargento reformado João Melo de Sousa (eliminado em sua casa, também em Maracanaú) e subtenente João Lúcio Oliveira Júnior (morto no Aracapé). Teria executado também, o inspetor da Polícia Civil, Francisco Wagner Cavalcante da Silva, que era lotado no 31º DP (Cumbuco).
Em outra ação criminosa, ´Mel´ e seus comparsas mataram o aposentado Rubens Brígido de Brito, na BR-020, em Caridade.
A última atuação aconteceu em Horizonte. Eles mataram o mecânico Antônio Aírton Araújo Rodrigues para roubar-lhe a moto. Também balearam duas pessoas. Nesta mesma noite, o corpo de ´Chico da Nadir´ foi encontrado em um matagal, com marcas de tiros. (F.R.)