Um homem foragido da Justiça no Ceará, ligado à investigação sobre a morte do prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, de foi recapturado no Maranhão, na manhã da última segunda-feira (27). Ele estava com drogas e portando o documento de identificação do irmão.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, a prisão de Carlos César Gonçalo de Freitas, 45 anos, ocorreu durante parte das investigações que apuram a morte do prefeito de João Gregório Neto, o "João do Povo".
O homem era foragido da Penitenciária do Industrial Regional do Cariri (Pirc). Ainda conforme a Polícia, a prisão foi realizada com a o apoio dos agentes do Maranhão. Um outro homem que estava com o foragido também foi capturado.
A Secretaria da Segurança não detalhou se Carlos César Gonçalo de Freitas participou efetivamente do assassinato de João do Povo. O órgão acrescentou que a ofensiva policial no Maranhão segue em andamento.
Assassinado
O prefeito foi assassinado a tiros enquanto caminhava próximo à parede do Açude Junco, no município do Cariri, no dia 24 de dezembro de 2018. O secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, afirmou no dia 20 de janeiro, que está "cada vez mais forte" a tese de que o assassinato do prefeito teve motivações políticas.
João Gregório ingressou na política como vereador em 1989 e foi reeleito em 1993, ambas as candidaturas pelo Partido da Frente Liberal (PFL). Em 2016, retornou como candidato a prefeitura de Granjeiro e foi eleito com 2.358 votos (52.39%).
Conhecido popularmente como "João do Povo", em novembro de 2018 foi alvo da Operação Bricolagem da Polícia Federal, que investigava fraudes em licitações. As investigações mostraram que o prefeito chegou a movimentar cerca de R$ 26 milhões em um período de dois anos na conta de um parente,beneficiário da aposentadoria rural. Na casa do gestor, a PF encontrou R$ 213 mil em caixas de sapato.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a polícia conseguiu reunir provas que indicam que o crime teve relação com a desavença política entre a vítima e outros políticos.