O Judiciário decidiu acolher a denúncia ofertada contra Joelson de Sousa Silva. Com o recebimento da acusação, o homem passa a ser réu pelo crime de feminicídio praticado contra a própria mãe, Maria Luíza da Silva Magalhães, de 68 anos.
A decisão foi proferida pela juíza da 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, nessa quarta-feira (24) e anexada aos autos no dia seguinte. Agora, o acusado tem 10 dias para responder a acusação por escrito. Joelson foi detido em flagrante e a prisão convertida em medida cautelar de internação provisória após depoimentos dos familiares indicarem que ele tem distúrbios mentais.
A informação é que o acusado seja surdo, mudo e esquizofrênico. Maria Luíza foi atingida com 32 facadas porque, conforme a investigação, teria trancado a porta de casa para que o filho não saísse. A análise da dinâmica do crime apontou que Joelson chegou a amarrar a mãe e fugiu quando o pai chegou na residência da família.
Para as autoridades o crime aconteceu por motivo torpe e com circunstância que dificultou a defesa da vítima.
O Ministério Público solicitou à Perícia Forense do Ceará (Pefoce) que remeta no prazo de até 30 dias o laudo pericial de exame de DNA dos objetos apreendidos, laudo cadavérico da vítima e o laudo do local do crime.
Consta nos autos que o esposo da vítima disse à Polícia já ter encontrado Maria Luíza no chão e ensaguentada.
O processo integra o programa Tempo de Justiça e, na denúncia, o MPCE destacou necessidade do fato ter celeridade para que Joelson vá ao Tribunal do Júri e seja condenado.