Após passar mais de 24 horas como refém, o estudante José Maycon Silva Freitas, de 18 anos, se reencontrou com a mãe nesta quarta-feira (19). Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra o momento em que ele revê a familiar na sede da Divisão Antissequestro (DAS), em Fortaleza. A primeira frase dita pelo jovem à mãe foi “sua benção, minha mãe”. Ela então o abraça, emocionada.
O estudante foi sequestrado em Ibaretama, na segunda-feira (17), e foi libertado em Pacajus espontaneamente pelos criminosos na quarta-feira, a quase 90 quilômetros do local do crime.
Conforme as investigações, a ação criminosa teve início no distrito de Pirangi, na região do sertão de Quixeramobim, após um grupo de seis criminosos assaltar o comércio da família do jovem.
Segundo o delegado adjunto da DAS, Eduardo Tomé, em entrevista nesta quinta-feira (20), eles afirmaram, inicialmente, que estavam levando José Maycon Silva para garantir a segurança durante a fuga. No entanto, na terça-feira (18), os familiares da vítima receberam mensagens exigindo que fosse pago uma quantia em dinheiro para que o estudante fosse libertado.
Durante o período como refém, o estudante passou por dois locais que serviram de cativeiro, conforme as informações da Polícia. Na tarde desta quarta-feira, ele foi libertado na BR-116, onde pediu ajuda a um caminhoneiro, que acionou a Polícia Militar. Os agentes conduziram a vítima para a Delegacia Metropolitana de Pacajus, de onde foi transferida para a sede da DAS, em Fortaleza.
Segundo o depoimento de José Maycon Silva, ele foi bem tratado pelos criminosos, recebeu alimentação adequada e não foi agredido.
A Polícia acredita que a libertação do jovem aconteceu após a prisão de uma mulher de 19 anos, suspeita de ter envolvimento no sequestro. Ela foi encontrada em posse de um dos celulares que enviou mensagens aos familiares pedindo dinheiro. A jovem, que teve a identidade preservada para não interferir no curso das investigações, afirmou ser inocente.
Além da mulher, outras quatro pessoas suspeitas de participarem da ação criminosa já foram identificadas pela Polícia, que realiza diligência para prendê-las.
As investigações sobre o caso foram conduzidas pela Delegacia Regional de Quixadá e DAS, contando com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e do Departamento de Inteligência Policial (DIP) da PCCE, além da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).