A Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) ajuizou nesta quinta-feira (13) uma ação para que a família do motorista por aplicativo Alexandre Habloch Fernandes possa cremar seu corpo e enviá-lo ao seu Estado de nascimento, o Paraná. Ele foi encontrado morto nessa quarta-feira (12), após dois dias desaparecido, nas proximidades do km 30 da BR-116, na cidade de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Conforme a Defensoria, a cremação foi uma decisão tomada pela esposa de Alexandre, Bianca Fonseca, e pelos pais dele. Segundo a supervisora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos e Ações Coletivas (NDHAC), a defensora pública Mariana Lobo, há restrições a esse tipo de ação em razão da causa da morte ter sido violenta.
“Se fosse para enterrar o corpo aqui, estaria tudo certo. Como a família deseja cremar e estamos falando de uma morte violenta, é preciso alvará judicial porque poderia ser preciso fazer algum tipo de perícia no corpo", ressalta a defensora.
Contato e buscas
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, Alexandre foi encontrado por uma senhora em um matagal, às margens da BR-116. Logo em seguida ela acionou a polícia. A vítima estava com as mãos amarradas. O Corpo de Bombeiros foi chamado para auxiliar na remoção do corpo.
O último contato de Alexandre com a esposa foi por volta das 18h30 de segunda-feira (10). Como costumava fazer, ele avisou a Bianca onde estava e disse que voltaria para casa em vinte minutos, o que não aconteceu.
A Polícia foi acionada e após realizarem buscas com o irmão de Bianca ainda naquela noite, a mulher disse que nem Alexandre, nem seu carro haviam sido encontrados. Na manhã de terça-feira (11), uma equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi à região, e realizou buscas ao redor de um galpão localizado próximo ao local onde o motorista desapareceu.