O julgamento de três réus acusados de participação na Chacina do Benfica, em Fortaleza, terminou na noite desta quarta-feira (6) com dois deles recebendo penas de 189 e 170 anos de prisão. O terceiro foi inocentado em relação aos homicídios.
A sequência de homicídios ocorreu no dia 9 de março de 2018, no bairro Benfica. Sete pessoas foram assassinadas e outras três ficaram feridas.
A maior pena dada no julgamento foi para Douglas Matias da Silva, que vai cumprir 189 anos, quatro meses e 12 dias, além de multa a ser calculada no mínimo legal, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com meios cruéis e sem possibilidade de defesa), que vitimou cinco pessoas. Também foi responsabilizado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem possibilidade de defesa) de outras duas vítimas e ainda foi condenado por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra mais três pessoas.
O segundo condenado foi Stefferson Mateus Rodrigues Fernandes, pelos mesmos crimes cometidos por Douglas. A ele foi destinada pena de 170 anos e oito meses de reclusão, além de multa. Os dois réus foram ainda condenados pelo júri popular por dois crimes conexos: corrupção de menor e participação em organização criminosa, o que influenciou na pena estipulada.
Por fim, Francisco Elisson Chaves de Souza foi inocentado das acusações em relação aos homicídios. Contudo, foi apenado em quatro anos e dez meses de reclusão e multa pelo crime conexo de organização criminosa.
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Durante o julgamento, o promotor de Justiça Franke José Soares Rosa afirmou que Francisco Elisson não estava em Fortaleza no dia dos assassinatos. Stefferson Mateus Rodrigues Fernandes, também julgado, confessou o crime e pediu desculpas aos familiares das vítimas. "Eu não queria que acontecesse essa matança toda", disse. "Queria só pedir desculpas pelo que eu fiz, aos outros que foram vítimas dessa barbaridade".