A partir do mês de setembro, a expectativa do Corpo de Bombeiros do Ceará é de que aumentem o número de focos de incêndios em vegetação no sertão cearense. A temporada de queimadas começou neste mês e já há registros de incêndios em 25% das cidades. Mediante esse quadro, o governo do Estado anunciou a contratação de brigadistas para combater o fogo nas matas.
A lei que autoriza a contratação temporária dos brigadistas foi aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada na quarta-feira (25) pelo governador Camilo Santana. “Todos os anos enfrentamos no segundo semestre o problema das queimadas, quando a vegetação está mais seca e há maior probabilidade de incêndios em algumas regiões”, pontuou o governador.
Camilo Santana observou que “os brigadistas florestais vão reforçar e trabalhar conjuntamente como Polícia Miliar Ambiental e o Corpo de Bombeiros no combate aos incêndios em vegetação”.
Reforço no combate aos incêndios
A lei autoriza a contratação de até 60 brigadistas com o objetivo de reforçar as equipes de combate aos incêndios florestais. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Ceará (Sema), no ano passado, foram registrados 6.145 incêndios florestais e no decorrer deste ano, até quarta-feira (26), 1534 ocorrências.
Para o titular da Secretaria de Segurança Pública de Defesa Social, Sandro Caron, o trabalho integrado dos brigadistas com outras instituições governamentais “terá também um caráter de educação ambiental, além do combate aos incêndios em vegetação dentro do programa Floresta Branca que foi lançado na última sexta-feira”.
O edital de seleção dos brigadistas florestais deve ser publicado em breve, conforme adiantou o secretário de Meio Ambiente do Ceará, Artur Bruno. “Os brigadistas são um grande ganho e serão capacitados pelos Bombeiros”.
Artur Bruno revelou que cerca de “dez mil agentes jovens ambientais contratados para trabalhar na educação ambiental também irão atuar na prevenção aos incêndios florestais”.
O comandante adjunto do Corpo de Bombeiros, em Sobral, tenente-coronel Mardens Vasconcelos, disse que os brigadistas “vão ajudar sim, porque quanto mais equipes trabalhando contra esse tipo de incêndio, mais rápido e eficaz será o combate”.
Mardens Vasconcelos frisou que nesse período do ano “a demanda é muito alta em todo o nosso Estado, com dezenas de focos e em alguns momentos temos que montar até três equipes extras para conseguir atender a todas as ocorrências”.
No ano passado, a presença dos Bombeiros Militares foi ampliada com a instalação de um quartel especializado em combate a incêndios florestais em Quixadá para atender as demandas da região do Sertão Central, que é uma das mais secas e susceptíveis à ocorrência de fogo na vegetação.