Cidade da região Norte com fase de reabertura do comércio mais avançada, Camocim tem todas as atividades econômicas liberadas a partir desta semana, seguindo número reduzido de funcionários e clientes. Segundo decreto municipal, a partir desta segunda (13), ficam liberados setores como do comércio atacadista de roupas e calçados, além de serviços de manutenção.
Após quatro meses de lojas fechadas, comerciantes registram um aumento na circulação e venda nas lojas do Centro da cidade. Conforme a Prefeitura, a estabilização dos casos de Covid-19 possibilitou o avanço.
O uso de máscaras é obrigatório para quem precisar sair de casa, em locais públicos ou privados, exceto em situações previstas em Lei. Veja quais no decreto municipal deste sábado (11).
O Município está na fase de transição, em isolamento social decretado pela Prefeitura, até 19 de julho. Segundo o último boletim, Camocim registra 2.036 diagnósticos positivos para a Covid-19 e 71 óbitos. Desde domingo (12), igrejas e demais atividades religiosas também podem funcionar presencialmente, atendendo um percentual máximo de 20% de público.
Os setores do comércio também devem respeitar os 20%. Nesta primeira semana, os comércios só podem funcionar de 12h às 17h da tarde. Pela manhã, só delivery.
"Retornamos ontem à tarde com alegria e muito esperança. Desde que a gente abriu, observamos bastante movimento, acima do normal. Os clientes estão com muita vontade de comprar, aguardando para ver os produtos", ressalta Antônia Clécia Paiva, comerciante e cofundadora do Grupo Unnishop, que conta com cinco lojas no Centro de Camocim (duas de móveis e três de confecções). "Todas as lojas estão preparadas, com os funcionários usando máscaras, com álcool em gel nas portas, dentro das lojas".
"Há um mês, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDl) se reunião com os comerciantes para conscientizar e orientar o pessoal a respeito das condições sanitários no retorno. O pessoal da saúde também está passando nas lojas, averiguando se os lojistas estão cumprindo as determinações".
Movimentação
Tadeu Nogueira, morador do bairro Centro, também observou um aumento na movimentação, mas acredita que as lojas estão seguindo as medidas recomendadas. "Ontem (13), a gente já notou um aumento, com o pessoal respeitando o distanciamento. Hoje o movimento aumentou, principalmente nas ruas.
As lojas, em si, estão respeitando as regras. O que observo é que tem muita gente saindo de casa só por sair. Mas está havendo uma fiscalização rígida e as pessoas têm medo de regredir na liberação", explica.
Segundo decreto em vigor, é proibida a circulação de pessoas em espaços públicos e privados, como praias, praças e calçadões, "admitida apenas a circulação em casos de deslocamentos para atividades liberadas".
Em nota, a Prefeitura de Camocim ressaltou que o Município permanece na fase de transição, com a manutenção das atividades já liberadas anteriormente, em 21 de junho de 2020, nos percentuais de trabalho presencial estabelecidos. "Mantendo também as regras de isolamento social já impostas, com estrita observância das regras preventivas de saúde do protocolo geral e setorial", afirmou.
Segundo a gestão municipal, o percentual de 20% de presença presencial permitida deve ser obedecido, mediante, ainda, "a adoção de medidas preventivas para evitar a contaminação pelo novo coronavírus".
Seguem em vigor:
- Proibição de eventos ou atividades com risco de disseminação da Covid-19;
- Manutenção do dever especial de proteção em relação a pessoas do grupo de risco;
- Manutenção do dever geral de permanência domiciliar mediante o controle da circulação de pessoas e veículos;
- Proibição da circulação de pessoas em espaços públicos e privados, tais como praias, praça e calçadões, admitida apenas a circulação em casos de deslocamentos para atividades liberadas;
- É obrigatório o uso de máscaras por todos que precisarem sair de suas residências, principalmente na utilização de transporte público, individual ou coletivo, ou no interior de estabelecimentos abertos ao público;
- Ficam dispensadas do uso de máscaras as crianças menores de dois anos e aqueles que, por alguma deficiência ou enfermidade comprovada em atestado médico, não possam ou tenham dificuldade de utilizá-las.