Quixadá (Sucursal) – O Açude Cedro já está com sete metros de água na escala de sua parede principal. Tem, no momento, 25 milhões de metros cúbicos, cerca de 21% de sua capacidade acumulativa — .
Segundo Maria Aparecida Queiroz, coordenadora da Unidade Administrativa do Dnocs, o reservatório está pegando um centímetro de água por dia.
Como não existem afluentes naturais, o Cedro depende das águas da chuva e dos pequenos reservatórios que ficam em suas cabeceiras.
Milhares de pessoas de várias partes do estado visitaram o “Açude Imperial” no final de semana. O Cedro não sangra há 15 anos. Para Maria Aparecida só poderá ocorrer uma nova sangria se chover muito até o mês de maio.
O comerciante José Vitório Clemente, que veio de Fortaleza para apreciar as águas do açude, disse ser “muito gostoso” o passeio de canoa e a visão das montanhas que cercam o reservatório, principalmente a Galinha Choca. Na área do açude existem cerca de 15 canoeiros.
Os canoeiros ganham dinheiro levando os turistas para o meio do açude. Eles cobram R$ 1,00 por cada pessoa. O passeio é considerado fascinante. O pescador Expedito Leandro da Silva, que também é canoeiro há 20 anos, disse que não faltam serviços nos finais de semana.
O Açude Cedro, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), secou totalmente em 1999. Em toda a sua existência, o Cedro sangrou apenas seis vezes: 1924, 1925, 1974, 1975, 1986 e 1989.