Big Data é um conceito relativamente novo, que em tradução livre signif ica "grandes dados". Ele define as informações produzidas e captadas por meios tecnológicos, que atualmente podem ser caracterizadas por três Vs: volume, variedade e velocidade. Estamos produzindo e recebendo cada vez mais informações, relacionadas aos mais variados assuntos, tipos e origens – e de maneira extremamente veloz. Esses dados captados precisam ser processados rapidamente e, para lidar com os grandes volumes, surgem os profissionais de Big Data.
Para facilitar a compreensão, a Big Data pode agir captando informações que você deixa na internet, como histórico de páginas visitadas, cliques em produtos, buscas realizadas; a partir delas, as empresas de tecnologia definem um padrão do seu comportamento virtual e, com isso, passam a ofertar produtos e serviços que sejam mais adequados ao seu perfil. Uma maneira de otimizar e tornar mais eficiente os processos das companhias com os clientes.
Contudo, a Big Data pode ser utilizada em outros aspectos. José Macedo (foto acima) é professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordena setores de Big Data na Secretaria Nacional de Segurança Pública, ligada ao Ministério da Justiça, e na Secretaria de Segurança Pública do Ceará. Em ambas organizações, ele afirma que o principal trabalho é extrair valor das informações obtidas. Por exemplo, baseado nos registros de ocorrências específicas em determinada região, o setor é capaz de determinar uma área onde a incidência é maior e, a partir daí, definir estratégias para o combate das ações criminosas.
Carência
No entanto, José Macedo afirma que, mesmo sendo um mercado em alta, com grande perspectiva de crescimento, há certa carência de profissionais dessa natureza no Brasil e no mundo. A dificuldade em encontrar profissionais aptos a exercer certas funções é porque precisam de conhecimentos específicos. “Há profissionais no mercado, mas não são todos que estão aptos a exercer atividades em determinadas funções”, afirma o especialista.
Esses profissionais precisam de investimento nos estudos. Não há um curso de formação superior específico para gestores de Big Data ou profissionais que atuem na área, como os engenheiros de dados, analistas e engenheiros de Big Data. São profissionais que buscam preparar os dados para serem analisados, verificam esses dados para extrair valor e desenvolvem a infraestrutura necessária para os serviços de Big Data, respectivamente.
Mas há especializações na área e é esse o caminho a ser seguido para quem deseja essa carreira. Aliado a isso, a indicação de José Macedo é a graduação em Ciência da Computação, pois abrange áreas do conhecimento necessárias para as funções do Big Data, como matemática, lógica, informática e estatística. Dessa forma, o profissional chegará ao mercado de forma capacitada e apto para exercer as funções exigidas.