Nomes alavancados pela Operação Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) e o antigo procurador Deltan Dallagnol (Podemos) foram eleitos para cargos no Congresso Nacional, neste ano, pelo Paraná. Um para o Senado Federal e outro para a Câmara dos Deputados, respectivamente. Os dois se encontraram para comemorar o resultado.
“Boa conversa com Deltan Dallagnol, o deputado federal mais bem votado no PR. Curitiba, o Paraná e o Brasil podem ter certeza do nosso compromisso com o justo e certo”, detalhou o ex-ministro sobre ocasião nas redes sociais.
No Twitter, Moro ainda exaltou a operação da Polícia Federal. “Muito obrigado a todos vocês, eleitores e apoiadores. A Lava Jato vive e vai chacoalhar Brasília novamente”, escreveu.
Na mesma linha, Dallagnol, eleito o deputado federal mais votado do Paraná, comemorou o resultado: "Hoje, a Lava Jato renasceu como uma fênix, mas não das cinzas, e sim dos corações dos mais de 340 mil paranaenses".
Também nas redes sociais, ambos os políticos declararam apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) nessa terça-feira (4).
Moro e Dallagnol X Lula
Em março deste ano, Dallagnol foi condenado pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a pagar uma indenização de R$ 75 mil para o petista por danos morais. O processo aborda uma entrevista, concedida em 2016, pelo então procurador do Ministério Público do Paraná, em que ele utilizou um PowerPoint para explicar denúncia apresentada contra Lula na Operação Lava Jato.
Além da indenização, o colegiado condenou o ex-procurador a arcar com os honorários advocatícios da parte do ex-presidente — fixados em 20% sobre o valor da condenação — e com as custas do processo.
Em abril do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as condenações e processos criminais da Operação Lava Jato contra Lula. Na ocasião, a Corte confirmou decisão individual do ministro Edson Fachin que, no início de março de 2021, considerou a Justiça Federal do Paraná incompetente para julgar as ações.
Para o magistrado, Moro não poderia julgar o petista por não ser o juiz competente da causa. Na visão da maioria do STF, porém, MP-PR não conseguiu provar que o ex-presidente recebeu recursos desviados especificamente da Petrobras.
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