Pela primeira vez em 27 anos, a prefeitura de Porto Alegre não dará passe livre no transporte público no dia das eleições. O benefício foi cortado ainda em dezembro do ano passado, segundo a Folha de S. Paulo, em uma revisão da lei municipal que trata das gratuidades no transporte coletivo.
A lei, de autoria da própria prefeitura, foi aprovada, à época, por 20 votos a 13 na Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Sebastião Melo (MDB). O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou, nesta tarde (28), que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que a gratuidade seja garantida em todo o País no próximo domingo (2).
A medida tem repercutido nas redes sociais, especialmente entre políticos e personalidades que acreditam que a falta do passe livre pode dificultar o voto de eleitores de baixa renda.
Tarifa
Conforme a Folha, à época da revisão da lei, o prefeito da capital do Rio Grande do Sul justificou a decisão com o argumento de que os locais de votação já são próximos às residências dos eleitores, não sendo necessária a gratuidade. Em Porto Alegre, a tarifa de ônibus custa R$ 4,80.
Ao G1, a prefeitura de Porto Alegre informou, em nota, que a lei aprovada "faz parte de um conjunto de medidas do governo municipal para garantir uma tarifa menos pesada para o usuário" e que "o último dia de passe livre autorizado pelo município teve um custo aos cofres públicos de R$ 1,2 milhão".