Veja o que disseram os candidatos a presidente da República neste 7 de Setembro

Em dia marcado por atos favoráveis a Bolsonaro, adversários também se manifestaram sobre a data

Candidatos à Presidência da República falaram, nas redes sociais ou em agendas oficiais, sobre este 7 de Setembro - dia em que se comemora o bicentenário da Independência do Brasil

Entre as declarações estão celebrações a respeito da data em que o País, há 200 anos, deixou de ser uma colônia de Portugal, além de críticas ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e destaques a problemas enfrentados pelo País.

Candidato à reeleição, Bolsonaro participou tanto do desfile cívico-militar em Brasília em comemoração à data - agenda oficial da presidência da República - como de atos com apoiadores e forte tom eleitoral. A data, inclusive, tem sido usada desde a posse de Bolsonaro, em 2019, como momento de atos favoráveis ao Governo. 

Confira o que disseram os candidatos:

Ciro Gomes (PDT)

Ciro Gomes falou sobre o bicentenário da Independência e afirmou que a comemoração deveria ocorrer com brasileiros "vivendo dias bem melhores". Apesar disso, disse haver "solução para qualquer tipo de dificuldade". 

"Acreditem: só há uma porta de saída para tudo isso, e essa porta de saída é a política. Se a má política foi, infelizmente, a porta de entrada para os atuais problemas, a boa política é a única e verdadeira porta de saída para nos livrarmos deles", disse em vídeo publicado nas redes sociais. 

Em outra publicação, o candidato do PDT criticou o presidente Jair Bolsonaro, a quem atribuiu ter transformado o 7 de Setembro "no mais desavergonhado comício eleitoral já feito neste país". 

Felipe D'Ávila (Novo)

O candidato do Novo à Presidência da República também falou sobre o 7 de Setembro nas redes sociais. Felipe D'Ávila afirmou que a data é "emblemática" e "pertence a todos nós". 

"Falar de Independência, aliás, é falar de liberdade. E o que queremos para nosso país é que cada cidadão possa exercer sua liberdade com responsabilidade. Isso só será possível com emprego e renda para todos; com um Estado que pese menos sobre os ombros do cidadão".

D'Ávila aproveitou para criticar o "populismo que nos prende e acorrenta" e disse que os eleitores podem "escolher um Brasil livre de verdade".  

Jair Bolsonaro (PL)

O presidente Jair Bolsonaro participou durante a manhã desta quarta de desfile cívico-militar em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil. 

Logo depois, discursou para apoiadores que fazia manifestação pró-Governo em Brasília. Durante a tarde, participou de outro ato no Rio de Janeiro. 

Ele afirmou que o Brasil vive um "momento de decisão" e que era preciso olhar a "vida pregressa" dos candidatos antes de "poderem fazer a sua decisão". 

"Eu tenho certeza que vocês sabem o que nós devemos fazer para que o Brasil continue no caminho em que está. Vocês sabem também que hoje temos um governo que acredita em Deus, que respeita os policiais e militares. Sabem que esse governo defende a família brasileira. E, o que é mais importante, é o governo que deve lealdade ao seu povo", afirma. 

Mais cedo, em publicação nas redes sociais, o presidente havia comemorado os 200 anos da Independência: "Já raiou a liberdade no horizonte do Brasil", escreveu. 

Lula (PT)

O ex-presidente Lula não teve agenda durante esta quarta-feira. Pelas redes sociais, ele afirmou que a data "deveria ser de amor e união pelo Brasil", mas que "infelizmente, não é o que acontece hoje". 

O candidato também publicou vídeo com diferentes apoiadores cantando o hino nacional em diversas cidades brasileiras. 

"Tenho fé que o Brasil irá reconquistar sua bandeira, soberania e democracia", escreveu. Ele acrescentou ainda que "ser patriota é cuidar de todos os brasileiros, em especial daqueles que mais precisam". 

Simone Tebet (MDB)

A candidata Simone Tebet falou sobre o bicentenário da Independência nas redes sociais. Segundo a senadora, no Brasil, "a independência ainda é um sonho a ser atingido". 

"Um país, para ser independente, precisa garantir cidadania ao seu povo. Comida na mesa, educação de qualidade, emprego, renda e lazer. Neste 7 de setembro, reafirmo nosso compromisso em reduzir as desigualdades, erradicar a miséria e acabar com a fome", destacou.

Em outra publicação, Tebet criticou o discurso de Bolsonaro em Brasília, na manhã desta quarta, que disse ter "falas machistas". 

"No dia da Independência do Brasil, o Presidente mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil. Como brasileira e mulher, me sinto envergonhada e desrespeitada", disse a candidata. 

Soraya Thronicke (União Brasil)

Em vídeo publicado nas redes sociais, Soraya Thronicke afirmou que não se deve admitir "que sequestrem os nossos símbolos e a nossa esperança" e nem que transformem o Sete de Setembro em "uma data eleitoreira". 

"Pior do que o ódio é o medo que estão tentando implantar em nós. Nada de medo. Vamos juntos todos, porque o Brasil é nosso, as cores são nossas, a bandeira é nossa", ressaltou. 

A candidata também criticou, em outra publicação, o coro puxado pelo presidente Jair Bolsonaro, no qual ele repetiu o termo "imbrochável". Ela afirmou que o presidente "prima pela desqualificação".  

"Divorciado do respeito à data, em pleno 7 de Setembro, o presidente insiste em propagar q é imbrochável - informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro", criticou.