Dois senadores cearenses votaram contra e um a favor do projeto que traz as diretrizes orçamentárias para 2022. Em meio às medidas propostas pelo documento, está o controverso aumento na verba do fundo eleitoral, que passará a ser de quase R$ 6 bilhões em 2022.
Tasso Jereissati (PSDB) e Eduardo Girão (Podemos) foram contra o aumento, enquanto o senador Cid Gomes (PDT) votou a favor.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) inclui ainda a previsão de emendas de relator e a realização do Censo Demográfico. O texto segue agora para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Mais verba eleitoral
No caso do aumento bilionário do chamado “fundão”, a mudança prevê que o fundo de financiamento da campanha eleitoral terá o valor de 25% da verba da Justiça Eleitoral em 2021 e em 2022, além de uma parte das emendas de bancada estaduais.
Segundo técnicos do Congresso, isso estabeleceria um piso mínimo para o fundo eleitoral do próximo ano, que deve ser superior a R$ 5,7 bilhões. A medida foi criticada por parte dos parlamentares, entre eles o senador cearense Eduardo Girão.
“Não podemos deixar recursos volumosos para partidos se há uma crise econômica e social que requer urgência no enfrentamento e a real necessidade de investimentos”.
Fundão
Essa verba dos cofres públicos é dividida entre os partidos políticos para bancar a campanha e é hoje o principal mecanismo de financiamento público dos candidatos.
Em 2020, ano de eleição municipal, o Congresso tentou emplacar uma transferência de quase R$ 4 bilhões. Mas teve que recuar por causa do desgaste político. O valor foi então estabelecido em R$ 2 bilhões.
Cid Gomes foi procurado pela reportagem, mas não respondeu até a publicação desta matéria.
Como votaram os senadores cearenses
Cid Gomes (PDT) - SIM
Eduardo Girão (Podemos) - NÃO
Tasso Jereissati (PSDB) - NÃO