Motivo de polêmica entre os vereadores no final de 2021, a proposta que modifica a gestão do lixo em Fortaleza e prevê a criação de uma cobrança sobre o serviço deve ser enviada à Câmara Municipal até o fim deste ano. Foi o que afirmou o prefeito José Sarto (PDT), nesta segunda-feira (1º), na volta dos trabalhos no Legislativo, após o recesso parlamentar. A previsão é de que o projeto chegue entre novembro e dezembro.
De acordo com o gestor, um estudo está sendo feito pela Prefeitura em parceria com a Fundação Bloomberg para estabelecer as regras do programa, que inclui a taxação.
"Estamos discutindo com todas as categorias que são diretamente afetadas. A gente precisa entender a cidade, quem produz lixo, quem produz lixo demais. Inclusive, a Fundação Bloomberg está nos ajudando nesse sentindo, para que a gente faça um grande plano e torne Fortaleza também referência na sustentabilidade", ressaltou, ao complementar que o projeto deve chegar até o "fim do ano".
Anteriormente, a proposta da taxa de lixo estava prevista para ser enviada e votada na Câmara Municipal de Fortaleza ainda no primeiro semestre, antes do recesso parlamentar, devido ao período eleitoral. Agora, com o engajamento de vereadores e do prefeito na campanha de aliado, a medida deve ficar para depois das eleições.
Engajamento em campanhas
Questionado sobre sua participação na eleição no Ceará, o prefeito Sarto disse que deve se engajar na campanha do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) na disputa pelo Governo do Estado, mas "fora do horário de trabalho".
Além disso, o gestor acrescentou que a relação institucional entre Prefeitura e Estado, comandado pela governadora Izolda Cela (sem partido), está "super preservada". Izolda deixou o PDT no último dia 26 de julho, após o PDT decidir lançar Roberto Cláudio ao Governo do Estado em detrimento da candidatura à reeleição da mandatária.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Antônio Henrique, também destacou que os trabalhos legislativos devam ser "atrapalhados" pelo período eleitoral.
"Nosso compromisso é trabalhar. A gente sabe que aqui é uma casa política, e tem aqueles que estão colocando seu nome à disposição como candidato e aqueles que devem apoiar, mas a questão é que nós não podemos atrapalhar a sequência do trabalho no Parlamento", destacou.